Manaus, 28 de março de 2024
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Manchete

Presidente da OAB diz que declarações de Bolsonaro são estímulo à violência

Presidente da OAB diz que declarações de Bolsonaro são estímulo à violência

“Se alguns dizem que quero dar carta branca para policial militar matar, eu respondo: quero sim", disse Bolsonaro (Foto: Divulgação/Montagem Amazonas1)

Da Redação  

O presidente da Ordem Dos Advogados do Brasil – Seccional do Amazonas (OAB/AM), Marco Aurélio Choy, repudiou as declarações do deputado Federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), dadas na manhã desta quinta-feira (14), a apoiadores que o receberam no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, onde o parlamentar declarou que daria carta branca para a Polícia Militar matar.

“Se alguns dizem que quero dar carta branca para policial militar matar, eu respondo: quero sim”, disse Bolsonaro (Foto: Divulgação/Montagem Amazonas1)

Segundo Choy, é lamentável a declaração do deputado Bolsonaro, em “verdadeiro espírito de beligerância” e “estímulo à violência”. “Temos a impressão que o mencionado parlamentar não vive no Estado Democrático de Direito, pautado numa Constituição Cidadã em que todos nós vivemos. O partido da OAB é o Brasil e a nossa ideologia é a Constituição”, defendeu.

Durante discurso no aeroporto, em cima de um carro de som, Bolsonaro disse que polícia não atira em ninguém e só atiram nela. “Se alguns dizem que quero dar carta branca para policial militar matar, eu respondo: quero sim. O policial que não atira em ninguém e atiram nele, não é policial. Temos obrigação de dar retaguarda jurídica aos nossos homens”, disparou.

Já o presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas, juiz Cássio André Borges dos Santos, afirmou que Bolsonaro não pode presidir o Brasil, pois já fez um aceno claro de que vai violar a Constituição da República.

“Esse tipo de radicalismo é que prejudica o Pais. Sabemos que se deve investir em segurança pública, equipar a polícia, para que ela cumpra seu dever institucional com dignidade. Sabemos que as famílias brasileiras não podem ser reféns de marginais. Mas não acreditamos que o remédio para violência urbana seja a truculência, e a irracionalidade”, afirmou.