Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Cidades

Amazonas quer inserir cinco plantas fitoterápicas na rede SUS até 2022

Um estudo busca identificar quais são os insumos e as viabilidades necessárias para que as plantas medicinais sejam ofertadas na rede pública de saúde

Amazonas quer inserir cinco plantas fitoterápicas na rede SUS até 2022

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

Entidades voltadas para as áreas da pesquisa, inovação e serviços no Amazonas estudam a identificação de insumos para inserir, até 2022, cinco plantas da biodiversidade amazônica na lista de fitoterápicos da rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo, inédito na região, faz parte dos trabalhos da “Rota da Biodiversidade no Amazonas”, programa ligado às “Rotas de Integração Nacional”, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

O Comitê Gestor da “Rota da Biodiversidade no Amazonas” vem realizando oficinas direcionadas por meio de Canvas, ferramenta de gerenciamento de projetos.

A ideia é identificar quais são os insumos e as viabilidades necessárias para que as plantas medicinais sejam ofertadas na rede pública de saúde.

(Foto: Secom)

Integram o comitê entidades de pesquisa como: Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Empresa Brasileira de Agropecuária (Emprapa), Redesfito da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Centro de Referências em Tecnologias Inovadoras (Certi), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outras instituições.

No Amazonas, o programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), por meio da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que vem organizando as reuniões. 

Eixos estudados

Ao todo, cinco eixos foram analisados pelo comitê: Insumos e Produção; Insumos, Produção e Pesquisa Tecnológica; Marco Legal; Certificação do Regime de Produção; e Beneficiamento e Agregação de Valor e Comercialização.

“A ‘Rota da Biodiversidade’ tem como finalidade fomentar as cadeias produtivas do estado e está inserida no conjunto de políticas públicas do ‘Biopolis Amazonas’, que é um programa estruturante que visa, sobretudo, ter no conhecimento da natureza a sua matriz de desenvolvimento econômico”, destacou a secretária executiva da Secti, Tatiana Schor.

O especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alex Christian Kamber, enfatizou o trabalho que vem sendo realizado pelo Comitê Gestor no Amazonas e ressaltou a importância do programa do Governo Federal.

 “A ‘Rota da Biodiversidade’ é uma iniciativa que tem como objetivo promover o desenvolvimento regional sustentável e a inclusão produtiva por meio da estruturação da cadeia de valor de produtos da biodiversidade, que inclui fitoterápicos, fitofármacos e biocosméticos, entre outros. O polo no Amazonas está bem empenhado no projeto”, enfatizou Kamber.

Transparência

 A pesquisadora Fabiana Frickmann, do Departamento da Biotecnologia da Ufam, destaca que o Comitê Gestor da “Rota da Biodiversidade” vem desenvolvendo um excelente trabalho com ineditismo no que compete aos estudos em cooperação técnica, que tem por objetivo organizar e dinamizar a cadeia produtiva de fitoterápicos.

 “Podemos destacar a harmonia e a transparência em cooperação técnico-científica em cada projeto prioritário no Canvas (…). E o benefício maior disso será inserir, em curto prazo, os medicamentos da biodiversidade amazônica no SUS, auxiliando o desenvolvimento da cadeia de fitoterápicos do Amazonas”, apontou.

A próxima fase do trabalho do comitê da “Rota da Biodiversidade” será a consolidação de projetos, além da avaliação de viabilidade dos insumos.

(*) Com informações da assessoria