Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Cidades

Clima do Amazonas favorece criadouro de mosquitos transmissores de doenças

A Amazônia possui todas as condições para a criação e reprodução dos mosquitos, vetores das doenças

O clima do Amazonas, com temperaturas elevadas e chuvas é o ambiente ideal para criadouros de mosquito Anopheles, transmissor da malária, do Aedes, transmissor da Zika, dengue, Chikungunya, e dos flebotomíneos, transmissores da leishmaniose. A Amazônia possui todas as condições para a criação e reprodução dos mosquitos, vetores das doenças.

O período de chuvas na Região coincide com as férias escolares e o deslocamento de pessoas para balneários e sítios, presentes nas áreas rurais, isto eleva o risco de transmissão da malária. A doença tem cura, mas não tem vacina de prevenção, por isso, o controle da população de mosquitos é fundamental.

No Brasil, a OMS estima que houve 217.928 casos de malária em 2017, um aumento de 84% em relação a 2016 – (Foto: Divulgação)

O Anopheles, mosquito transmissor da malária, passa o dia escondido e seu período de maior atividade se registra ao pôr do sol e nas primeiras horas da noite e nas primeiras horas da manhã.

Quem vive ou visita áreas onde a doença está presente deve evitar tomar banho nos igarapés ou de locais com grandes poças de água limpa nestes horários. Então, ficar em casa e usar mosquiteiro são indicados.

Em 2015, o Amazonas registrou 73.744 casos de malária. Crescimento de 9,4% na comparação com o ano anterior, quando houve 66.788 casos da doença em todo o Estado. Em 2018 registrou 46.900 casos de malária.

Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), o número – que representa o acumulado de janeiro a agosto deste ano – sinaliza uma queda de 7,2% em comparação ao mesmo período em 2017, quando foram registrados 50.547 casos.

No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que houve 217.928 casos de malária em 2017, um aumento de 84% em relação a 2016. Existem 42 milhões de pessoas no país que correm o risco de contrair a doença, de acordo com o relatório apresentado pela OMS.

Desde 2010, a incidência vinha diminuindo. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos brasileiros se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Apesar disso, outros estados também já tiveram casos confirmados da doença em 2018.