Manaus, 16 de abril de 2024
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Cidades

Justiça manda Saul Bemerguy reenquadrar professores e pagar diferenças salariais

Juiz afirma na decisão que desde 2014 não há provas de que o prefeito de Tabatinga atualizou os salários dos professores

Justiça manda Saul Bemerguy reenquadrar professores e pagar diferenças salariais

Foto: Márcio Silva - Portal Amazonas1

O juiz titular da 1ª Vara da Comarca de Tabatinga, Edson Rosas Neto, determinou, que a Prefeitura Municipal, de responsabilidade do prefeito Saul Bemerguy (PSD), proceda o reenquadramento funcional de professores efetivos da rede pública local e, por consequência, realize a atualização monetária de seus respectivos vencimentos.

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O juiz determina o cumprimento das regras estabelecidas na Lei Municipal nº 687/2014 que versa sobre a atualização remuneratória dos docentes em razão da mobilidade horizontal e vertical, nos moldes do que preconiza o art. 7.º da Lei n.º 511/2008 (Plano de Carreira, Cargos e Salários da Educação).

Na sentença, o juiz Edson Rosas Neto afirmou que o Município deixou de realizar o reenquadramento dos professores e consequente atualização monetária de suas remunerações, as quais são compostas, de acordo com a Lei n.º 511/2008, além do vencimento básico e demais vantagens, das seguintes gratificações: Gratificação de Regência de Classe (GRC); Gratificação de Incentivo à Capacitação da Qualificação Profissional (GICQP); Gratificação Adicional por Tempo de Serviço (GATS); Gratificação de Atividade Técnica (GAT); Gratificação de Produtividade no Sistema Municipal Ensino Local (GPS) e Gratificação pelo Exercício de Atividades de Educação Especial (GEE).

“Destaco que o ente federativo não apresentou qualquer resposta à pretensão deduzida na inicial do processo, sendo reconhecida a sua revelia. Não obstante, mesmo em sua última manifestação, deixou o Município de refutar os argumentos apresentados pelos autores, o que, aliado aos contracheques anexados (aos autos) corrobora com a ausência de reenquadramento e consequente atualização remuneratória”, apontou o magistrado.

O juiz Edson Rosas Neto ressaltou que “a progressão funcional é direito subjetivo do servidor público concursado, de acordo com o pacífico entendimento pretoriano”.

Em outro trecho da sentença, o magistrado afirmou que embora o Município tenha juntado aos autos a redação da Lei 834/2018 que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos profissionais do magistério de Tabatinga, não restou claro se a lei, objeto da presente demanda, fora parcial ou integralmente revogada.

“O certo é que, após o início da vigência da Lei Municipal 687/2014, não há provas nos autos de que os professores efetivos da rede municipal de Tabatinga foram devidamente reenquadrados, passando a receber, por corolário, a remuneração atualizada, direito subjetivo dos docentes que compõem o quadro funcional do referido ente federativo”, concluiu o juiz Edson Rosas Neto, julgando procedente o pedido contido na início do processo, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I do Código de Processo Civil.

(*) Com informações do TJ-AM