Manaus, 20 de abril de 2024
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Manaus, 20 de abril de 2024

Cidades

Médicos do Amazonas suspendem cirurgias eletivas a partir do dia 21

Os médicos das empresas contratadas pela Susam alegam que o Estado não tem dado as mínimas condições para uma assistência digna à população

Médicos do Amazonas suspendem cirurgias eletivas a partir do dia 21

A partir do dia 21 de novembro (quarta-feira próxima), as cirurgias eletivas, ou seja, aquelas previamente agendadas, nas unidades da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), serão suspensas pelos médicos que atendem pelas cooperativas contratadas pelo Estado. A decisão foi tomada na última terça-feira, 13, durante reunião no Conselho Regional de Medicina (CRM), no bairro de Flores, zona Centro-Sul de Manaus. A justificativa dos donos das empresas é que o Executivo não tem garantido “as mínimas condições” para que a população tenha um atendimento digno, deixando faltar materiais básicos nos hospitais.

A informação foi repassada em vídeo, por um dos representantes do Itoam, Instituto de Traumato Ortopedia do Amazonas, Victor Hugo. A empresa recebeu, em 2018, R$ 24,894 milhões da Susam, em 2018, segundo dados do portal da Transparência.

Segundo a categoria, as más condições de trabalho já vinham sendo denunciada ao Ministério Público há meses.

Médicos do Amazonas decidem suspender cirurgias eletivas

Médicos do Amazonas decidem suspender cirurgias eletivas

Ontem, representantes de algumas cooperativas médicas estiveram reunidos com parlamentares da base do governador Amazonino Mendes (PDT) e de oposição, para definir uma manobra que deve mudar a mensagem governamental, e aumentar os repasses para a Saúde, de forma a pagar às cooperativas parte dos quatro meses de atraso do Executivo. A votação da emenda coletiva estava marcada para esta quarta-feira, 14.

O custo das cooperativas ao Estado é de , aproximadamente, R$ 65 milhões ao mês. Com a suspensão dos procedimentos eletivos, pacientes que aguardam há meses por cirurgias agendadas, entre elas as ortopédicas, terão que esperar que o imbróglio seja resolvido.

Os atrasos dos médicos cooperativados vai na contramão do discurso do governador Amazonino Mendes, que foi derrotado nas eleições deste ano, e afirmou publicamente, em várias ocasiões, que estava ‘arrumando a casa’ e que as dívidas herdadas das administrações anteriores, com as empresas, tinham sido parceladas e estavam sendo pagas regularmente. A reportagem entrou em contato com a Susam, mas não obteve retorno.