Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Cidades

No AM, pesquisadoras apresentam soluções tecnológicas para conservar meio ambiente

A apresentação ocorreu durante o segundo painel da Semana de Ciência e Tecnologia do Amazonas, realizado nesta terça-feira (24), em formato webinário

No AM, pesquisadoras apresentam soluções tecnológicas para conservar meio ambiente

Três cientistas apresentaram soluções tecnológicas, que vão desde a coleta de informações de fluxos migratórios de peixes da bacia amazônica, por meio de aplicativos, até equipamentos para monitoramento da emissão de gases estufa sobre a floresta, além de sistema de laser em estudos ecológicos.

A apresentação ocorreu durante o segundo painel da Semana de Ciência e Tecnologia do Amazonas, realizado nesta terça-feira (24), em formato webinário, com transmissão pelo canal da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação no Youtube (Sedecti Amazonas).

O tema do painel “Monitoramento ambiental: Tecnologias inovadoras aplicadas à conservação da Amazônia” foi o eixo das apresentações das pesquisadoras Gina Leite, oficial da Wildlife Conservation Society (WCS); Sabrina Garcia, do Programa AmazonFACE; e Juliana Schietti da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O painel foi mediado por Jonas Soares, que é coordenador de Popularização e Difusão da Ciência da Sedecti.

O aplicativo Ictio, para celular e web, vem auxiliando os grupos da Rede Ciência Cidadã para a Amazônia, que reúne associações de pescadores, cientistas e comunidades tradicionais na coleta de dados de peixes da bacia amazônica, incluindo regiões da Bolívia, Peru e Colômbia. Essas informações são vitais, explicou Gina Leite, porque a pesca é um dos principais recursos ambientais da região amazônica.

“Isso diz respeito à segurança alimentar, à sobrevivência dos povos tradicionais, acerca de 20 milhões de pessoas que vivem nessa região”, observou a pesquisadora. Até setembro deste ano, 240 tinham compartilhado 20 mil listas de dados coletados pelo aplicativo Ictio. As dificuldades são, além da logística, a falta de conectividade na região, destacou Gina Leite.

Sistema de monitoramento de árvores

Até que ponto a floresta amazônica pode assimilar a emissão crescente de gases estufa? Essa é a questão que o sistema de monitoramento de árvores de sub-bosque frente ao aumento da concentração de CO² atmosférico na Amazônia Central – um equipamento em forma de cone instalado em pontos da floresta -, pretende responder.

“Queremos saber qual a resposta de um ambiente complexo como a floresta, diante das variações climáticas. É a primeira vez que essa experiência é realizada na região”, disse a segunda palestrante, Sabrina Garcia.

Sensoriamento remoto

A tecnologia de sensoriamento remoto por meio de sistema de laser (Lidar) para estudos ecológicos foi o tema da palestra de Juliana Schietti da Ufam.

Entre outras informações, esse sistema permite o mapeamento de estrutura de vegetação da região, com detalhamento da altura das árvores que podem, em alguns casos, alcançar a marca de 40 a 50 metros.

“Esse dado é importante porque quanto maior a árvore, maior é o sequestro de carbono, vital para mitigar os danos causados por mudanças climáticas”, destacou Juliana.

Os desafios, segundo as pesquisadoras, são a promoção de políticas que permitam a melhoria do acesso à internet, linhas de financiamentos e articulação com organismos internacionais ou locais para o fortalecimento da pesquisa voltada para o desenvolvimento tecnológico.

 

(*) Com informações da assessoria