Manaus, 28 de março de 2024
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Cidades

Período chuvoso pode aumentar casos de síndromes respiratórias em crianças

Além do novo coronavírus, outros três vírus podem causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

Período chuvoso pode aumentar casos de síndromes respiratórias em crianças

Foto: Lucas Silva/Secom

Com o aumento de casos de covid-19 e o anúncio do alerta roxo no Amazonas, outra preocupação vem sendo motivo de alerta para profissionais de saúde: o risco de contaminação do vírus por crianças. Eles chamam a atenção para que pais e mães estendam os cuidados para o público infantil, a fim de evitar a transmissão da doença e outras infecções comuns em períodos chuvosos.

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A unidade referência do Governo do Estado é o Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (Icam), na avenida Codajás, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, responsável por fazer o atendimento de crianças encaminhadas de outros prontos-socorros e de municípios do interior.

Atualmente, o espaço está com 15 crianças diagnosticadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 12 delas afetadas pelo novo coronavírus e outras três por outros vírus respiratórios. As idades variam de 1 mês até 16 anos.

A diretora da unidade, Ana Cristina Oliveira, pontua que, além do novo coronavírus, existem pelo menos três tipos de vírus que causam a SRAG: o Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório e o Adenovírus. Ela recomenda que os pais estejam vigilantes aos sintomas apresentados nas crianças, mesmo sabendo que boa parte deste grupo apresenta quadro assintomático (que não apresenta sintomas da doença).

“É importante estar alerta, caso o pai ou mãe já tenha tido contato com o vírus, porque provavelmente a criança vai ter também. Então, olhar bem os sintomas antes de encaminhar a criança ao serviço de saúde. Eu venho agradecer ao Governo do Estado e à capital, que têm nos apoiado bastante nesse momento tão difícil. Temos recebido recursos que já chegaram, como RH e equipamentos”, destacou Ana Cristina Oliveira.

Atendimento

Os sintomas de uma síndrome gripal, independente do vírus causador, perpassam pela febre, tosse, dor de garganta, insuficiência respiratória e dores no corpo, entre outros.

A médica pediatra Priscilla Matos afirma que o atendimento de crianças tem aumentado, diferente do que aconteceu no início da pandemia, quando os casos estavam concentrados no público adulto.

“No início da pandemia, os casos em pediatria estavam mais tranquilos, mais calmos, e o grande atendimento nos adultos. Agora, temos tido muitas crianças internadas, muitas crianças agravando, já perdemos vidas, então o caos na pediatria está acontecendo agora. O meu apelo é para a população se cuidar, para todo mundo usar máscara, evitar sair, para a gente tentar diminuir essa questão da disseminação do vírus e sobreviver até chegar a vacina”, disse ela.

A socorrista do Icam, Rosana Gomes, reforçou o pedido para os cuidados com as crianças. “O necessário, realmente, é usar a máscara, lavar as mãos e higienizá-las com álcool. Ter cuidado, porque o que eu vejo muito, também, é gente andando sem máscara, criança sem máscara e sem meia nos pezinhos. Vamos ter consciência do que está acontecendo. Tem muita gente que não acredita nisso e só sabe quem está trabalhando dentro do hospital o que acontece de verdade”.

(*) Com informações da assessoria