Manaus, 19 de abril de 2024
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Cidades

Por conta da pandemia, o Dia Nacional do Abraço será por meio virtual

Melissa Mourão, 12 anos, é uma adolescente que gosta de demostrar o seu carinho, mas para proteger sua avó tem evitado o contato físico.

Por conta da pandemia, o Dia Nacional do Abraço será por meio virtual

Melissa e sua avó Matilde Maria pinto Fernandes. Foto: Arquivo Pessoal

Nesta sexta-feira, 22, é comemorado o Dia do Abraço, mas essa demonstração de afeto e carinho não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde por conta da pandemia.

Melissa Mourão, 12 anos, é uma adolescente que gosta de demostrar o seu carinho, mas para proteger sua avó tem evitado o contato físico.

“Gosto de abraçar pessoas que amo, como meus pais, amigos, prima, tias, tios e meus avós [..] a minha avó, por ser idosa, minha tia proibiu beijos e abraços nela, para ela não ficar doente, isso está me fazendo falta demais, porque amo o abraço da minha avó”, comentou Melissa.

Para suprir a falta, Melissa utiliza o meio digital para transmitir o seu amor para avó. “Eu peço a benção e mando beijo de longe, fazemos vídeo chamada e até rezamos o terço juntas on-line”, disse.

Para a tenente da Marinha, Thalita Mourão, 34 anos, mãe da Melissa, o abraço é “Uma das formas de expressar o amor, e a saudade”, ela espera que em breve todos possam demostrar o seu carinho.

“Nesse dia do abraço vale um texto de carinho e vibrações positivas com a certeza que tudo isso irá passar brevemente, e iremos abraçar muito pessoas que gostamos”, comentou.

Para a Psicóloga infantil, Adriana Andréa, 38 anos, o abraço tem a função de liberar os hormônios para que fazem bem para o corpo.

“Dar ou receber um abraço, muitas vezes diz mais do que muitas palavras, é mais que uma demonstração de carinho e afeto. Um abraço ativa os liberadores do hormônio oxitocina, conhecido como o hormônio do amor, ele nos ajuda a recarregar as baterias emocionais quando estamos perto de pessoas que amamos. É por isso é que nos sentimos tão bem e mais relaxados após abraçar, beijar ou tocar a pessoa amada, seja ela um parceiro(a), amigo(a) ou familiar, quando isso acontece, os níveis de cortisol (hormônio do estresse) diminuem no organismo. É já existem pesquisas que comprovam a importância do abraço”, comentou.

Famílias muito próximas

As famílias latinas e principalmente os moradores do norte do Brasil tem muito o contato e até moram no mesmo ambiente que os avós, a psicóloga infantil, Adriana Andréa, dialogar com as crianças e adolescente é importante para que possam entender esse momento de pandemia.

“Precisamos dialogar com as crianças sobre a importância de manter o afastamento social com os avós devido à pandemia, conversar que isso é temporário e fazer uma reflexão sobre a importância dos encontros, de ficar perto das pessoas que amamos, incluindo família, amigos e relacionamentos”, disse.

As ferramentas digitais são boas opções para manter o contato com as pessoas importantes para as famílias.

“Somos seres relacionais. A nossa relação se dá na presença desde que nascemos. Diante da situação que estamos vivenciando devido à pandemia, para ‘suprir’ essa necessidade de um abraço, um aconchego, vem ocorrendo um crescimento do uso das redes de comunicação digital, virtual e presença on-line”, comentou.