Foto: Sinteam
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) anunciou, nesta quinta-feira (30), que vai ingressar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) para barrar a volta das aulas presenciais no dia 10 de agosto, anunciada pelo Governo do Amazonas, na última terça-feira (28).
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A medida, segundo o Sinteam, tem o objetivo de garantir que as aulas continuem acontecendo à distância e evite contaminação em massa pelo novo coronavírus, em decorrência de aglomeração de estudantes nas unidades de ensino. Ao todo, são 445.876 alunos na rede pública.
“Não tem teste para trabalhadores nem para estudantes, as salas de aulas têm, em média, 50 alunos, não têm janelas, não há higienização dos aparelhos de ar condicionado. Não tem remédio ou vacina e não conhecemos o comportamento desse vírus. É melhor prevenir do que remediar”, afirma a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues.
Ela afirma que além de não ter estrutura para garantir a segurança sanitária, o governo está preocupado apenas com o cumprimento de prazo, índices e metas do Ministério da Educação e esquece a saúde mental dos trabalhadores.
“Tivemos que trabalhar além do horário, mesmo doentes, atendendo familiares doentes, às vezes até de luto. Os trabalhadores estão com medo de voltar porque sabem que não há segurança”, disse Ana Cristina.
Retorno das aulas
O Governo do Amazonas anunciou, na última terça-feira (28), o cronograma de retorno das aulas presenciais das unidades estaduais de ensino em Manaus. Segundo informado, as atividades retornam no dia 10 de agosto, para estudantes do Ensino Médio regular e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
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Já no dia 24 de agosto, retornam os alunos do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Ainda não há previsão para retorno das aulas no interior do Amazonas.
Reação negativa
A determinação não foi bem aceita pelos professores da capital, que no mesmo dia, reagiram de forma contrária à medida do Governo do Estado com uma manifestação em frente ao Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, no bairro Jorge Teixeira, onde ocorreu o anúncio de retorno das aulas.
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Na ocasião, os professores defenderam que as escolas públicas não têm estruturas e nem condições de retornar às aulas na data estabelecida, uma vez que a pandemia da covid-19 ainda não está controlada.
(*) Com informações do Sinteam
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