Manaus, 18 de abril de 2024
×
Manaus, 18 de abril de 2024

Cidades

TCE vai gastar mais de R$ 964,5 mil com gerador de energia

Além da fatura do mês com a concessionária de energia o Tribunal pagará mais R$ 80 mil para manter gerador particular

TCE vai gastar mais de R$ 964,5 mil com gerador de energia

(Foto: Divulgação TCE-AM)

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), contratou a empresa MFX Serviços em Redes de Energia EIRELI, para prestar serviços de fornecimento de energia ininterrupta durante todo este ano. O valor mensal do contrato é de R$ 80, mil e o valor global é de R$ 964,5 mil. 

O extrato do termo de contrato foi publicado no Diário Oficial do TCE-AM na última quinta-feira, 2. O orçamento do TCE-AM para gastar em 2020 será de R$ 257 milhões.

Leia mais em: Presidentes do TCE não sabem quantos milhões em multas aplicaram a gestores condenados 

Segundo a publicação, o prazo de vigência da contratação é de um ano e entre os serviços, serão disponibilizados equipamentos Nobreaks trifásicos, com sistemas auxiliares e associados, além de atividades necessárias para a conservação de sistema de energia ininterrupta, entre outros.

Leia mais em: TCE-AM renova contrato de R$ 15,8 mi com plano de saúde privado para servidores 

Questionado pela reportagem o TCE-AM informou que a sua sede conta com duas subestações de energia elétrica, sendo uma no prédio principal, com um grupo gerador e três nobreaks, e uma no prédio anexo, com gerador e nobreak. Além disso, há um sistema independente para o Datacenter com grupo gerador e nobreak próprios. A contratação é referente ao Pregão Presencial de n.º 13/2019-CPL/TCE-AM. 

Razoabilidade

Segundo um dos fundadores do Instituto Amazônico da Cidadania (IACi), Hamilton Leão, com a contratação, o TCE-AM entra em estado de choque com o que prevê a eficiência e moralidade, que são princípios que devem ser postos em prática pela administração pública.

“Ao invés de contrair despesas não emergenciais, o órgão deveria buscar alternativas viáveis para se adequar às suas rotinas de trabalho administrativo e diminuir os gastos que oneram os cofres públicos”, disse. 

Para Leão, os órgão públicos têm o dever de aplicar com razoabilidade e proporcionalidade os recursos públicos que lhe convém e ter o cuidado de não ignorar prioridades de setores mais importantes.

“Os hospitais são instituições que precisam prioritariamente de gestões e investimentos contínuos. Nesses locais, vidas são ceifadas pelo simples fato da falta de energia ou por não haver equipamentos que garanta o direito ao tratamento”, acrescentou.

Confira o despacho de homologação e extrato do contrato abaixo: