Os Praças da Polícia Militar suspenderam parcialmente os serviços, nesta quarta-feira, 7. As classes não podem realizar movimento grevista, porém ações estão sendo tomadas com intuito de chamar atenção do Governo do Estado para as pautas das categorias.
Segundo o presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS), Sargento José Igor, 60% do efetivo paralisou na manhã da de hoje, 7. A operação intitulada “Uso Progressivo da Força” é para defender os direitos da categoria e não está relacionada como o movimento “Revoga, Já”.
“Nós queremos que os nossos benefícios sejam respeitados, que o governo atualize as negociações que estavam atrasadas e que ele sancione leis que não oneram [PMs e bombeiros]”, declarou.
Conforme o presidente da Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, das 30 Cicoms existentes na capital, 22 paralisaram os serviços e 8 estão com paralisação intercalada. No interior, 32 municípios aderiram ao movimento. É esperado que 2 mil homens faltem o serviço, 400 por turno.
“A maioria do povo amazonense é dependente dessa segurança pública fornecida pelo Estado e por esses que precisam tanto, peço encarecidamente ao governador que seja responsável, que se coloque como líder máximo do Estado, e de imediato inicie uma mesa de negociação com as categorias”, declarou Gerson Feitosa, em audiência na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã de hoje, 7.
Feitosa criticou ainda a postura do comandante-geral da PM, coronel Ayrton Norte, em afirmar que o policiamento está normal e que há um planejamento para que as ausências não comprometam o trabalho da corporação.
“A única coisa que eles [governo] planejaram foi mentir. O comandante vai pro jornal dizer que não houve aderência, quando mostra todas as viaturas paradas e o governo diz que são para o segundo turno. A viatura é a mesma que monta no primeiro e segundo turno. Então, não existe viatura do turno da noite e turno da manhã, é a mesma usada por todas as guarnições. Por enquanto, a única estratégia que eu tenho visto que o governo tem adotado, e ainda por cima irresponsável, é de mentir para população”, disparou.
Em contrapartida, a Polícia Militar assegura que o policiamento na capital e no interior está mantido e que as faltas registradas na montagem do policiamento no primeiro turno, não comprometeram o trabalho da corporação, que remanejou o efetivo operacional.
Ainda segundo a PM, o número de faltas está dentro da normalidade “quando há servidores que faltam um dia de trabalho e posteriormente apresentam justificativa para ausência”.
“Infelizmente, existe propagação de “fake news” em redes sociais, tentando desestabilizar o sistema de segurança. Mas a verdade está nas ruas, a polícia está nas ruas” afirmou o comandante, coronel Ayrton Norte, por meio de nota.
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