O termo disfunção sexual é bem amplo e refere-se a pessoas com atividade sexual insatisfatória de qualquer natureza, pode manifestar-se através da dificuldade de ter ou de manter a ereção peniana, neste caso também conhecida como disfunção erétil ou impotência. Mas também pode ser devido a problemas para atingir o orgasmo, como por exemplo ejaculação precoce ou retardo na ejaculação; assim como a perda ou diminuição do desejo sexual (libido).
Estima-se no Brasil que aproximadamente 25 milhões de homens, ou seja, 01 entre cada 05 homens, sofram com algum tipo de problema sexual. Isto acarreta diversos efeitos na vida do individuo, desde depressão até dificuldades de relacionamento profissional e familiar.
Pacientes jovens costumam sofrer com maior frequência de distúrbios sexuais de origem psicogênica (emocional), pois na maioria das vezes, nao possuem doenças orgânicas (físicas) que afetam a atividade sexual . Estes jovens devem receber além do tratamento médico um acompanhamento psicológico.
Por outro lado, indivíduos mais idosos ou com problemas de saúde crônicos, como por exemplo diabetes, hipertensão arterial ou doenças neurológicas, apresentam disfunção sexual de origem orgânica (física) e podem beneficiar-se com o uso de medicações por via oral , atualmente existem diversas opções no mercado e com preço bastante acessível; importante ressaltar que estes medicamentos devem ser utilizados sob orientação medica. Existem também as medicações injetáveis e as cirurgias para colocação de próteses penianas infláveis ou semi-rigidas , utilizadas sobretudo nos casos onde não houve boa resposta com a medicação.
Os pacientes com diminuição do “apetite sexual “ ou perda de libido devem realizar exames laboratoriais hormonais, dentre eles a testosterona.
Ao contrario da mulher, no homen não existe menopausa, portanto o termo andropausa, deve ser substituído por distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM), que significa uma diminuição dos níveis de testosterona. Esse distúrbio ocorre principalmente nos homens mais maduros, acima de 50 anos, porém, ocorre também em indivíduos mais jovens.
Quando esta diminuição hormonal esta associada a sintomas de disfunção sexual , fraqueza muscular, perda de concentração, irritabilidade, insônia, aumento de peso e etc. a reposição hormonal esta indicada. Importante lembrar que esta reposição deve ter acompanhamento médico rigoroso, sobretudo em pacientes com história de doenças na próstata.
Uma mensagem que quero deixar ao amigo leitor, é que o primeiro obstáculo a ser vencido é o preconceito ou “vergonha, o individuo que supera esta barreira e procura ajuda profissional, na grande maioria das vezes consegue a resolução do seu problema através das diversas opções da medicina moderna , e seguramente terá uma vida muito mais saudável e feliz.
Prof.Dr: Giuseppe Figliuolo
Urologista – TisBU
Doutor em Saúde Coletiva
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