Manaus, 24 de abril de 2024
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Brasil

Belém pode ter ‘lockdown’ a partir desta quarta, diz Barbalho

O governador do Pará falou sobre o possível 'lockdown'. Pelo Twitter, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, tranquilizou a população

Belém pode ter ‘lockdown’ a partir desta quarta, diz Barbalho

(Foto: Reprodução/ Marcos Santo/ Ag Pará)

O governador Hélder Barbalho (MDB) decretará “lockdown” em Belém e em outras cidades do Pará se o isolamento no Estado não se aproximar de 70% até terça-feira, 05.

Segundo ele, o nível de isolamento vinha ficando entre 45% e 50%, mas subiu para 57,6% no último domingo, após seus apelos para que a população fique em casa.

“Isso pode ter ocorrido por não ser em um dia útil, por isso estamos avaliando mesmo hoje e amanhã para saber se estamos temos alguma reação da população”, afirmou Barbalho ao Valor. “Sem consolidação do isolamento, quarta-feira vamos decretar o ‘lockdown’.”

Recuperado da infecção pelo novo coronavírus, o governador disse que o nível de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) das redes pública e privada da Região Metropolitana de Belém está em 96%.

Serviços essenciais

Após a notícia circular, o prefeito de Belém explicou, pelas redes sociais, que mesmo com o ‘lockdown’ os serviços essenciais continuarão funcionando.

“Quero tranquilizar as pessoas sobre o ‘lockdown’. Os serviços essenciais continuarão funcionando. Não vamos fechar farmácias e nem supermercados, nem hospitais e outros serviços essenciais”, escreveu.

Segundo ele, o ‘lockdown’, apenas vai restringir um pouco mais a circulação das pessoas na cidade, por um breve período de tempo.

Aumento nas mortes

Belém teve um aumento expressivo das mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de pessoas em casa nas últimas semanas.

Barbalho contou que houve um aumento na demanda de serviço de verificação de óbito em domicílio na últimas semanas, que foge da regularidade da média que existia anteriormente. Esse serviço costumava fazer de cinco a sete remoções de corpos por dia e, agora, faz entre 45 e 50.

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“É inevitável concluir que parte significativa disso são pessoas que faleceram por síndrome respiratória aguda grave”, disse o governador.

Diferentemente de outros Estados, o critério de priorização de pacientes para leitos de UTI no Pará não está feito por pontuação com base nas condições de vida e saúde prévias, tampouco por idade. “Estamos usando um critério da central de regulação, que leva em conta a fila e complexidade de cada caso.”

De acordo com a Secretaria de Saúde do Pará, o Estado já contabiliza 4.125 casos de coronavírus confirmados e 330 óbitos.

(*) Com informações do Valor Econômico