Manaus, 25 de abril de 2024
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Brasil

Conselho de Medicina joga para paciente decidir uso da cloroquina

O presidente do Conselho Federal de Medicina se reuniu com Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde para debater uso do medicamento

Conselho de Medicina joga para paciente decidir uso da cloroquina

Reprodução: portalhospitaisbrasil

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Britto Ribeiro, disse que a entidade autoriza, mas não recomenda o uso da hidroxicloroquina como tratamento para o novo coronavírus.

A afirmação aconteceu após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Saúde, Nelson Teich para tratar sobre o uso do medicamento.

A reunião ocorreu no Palácio do Planalto nesta quinta-feira,23, e durou cerca de duas horas.

“Não é uma recomendação. O Conselho Federal de Medicina não recomenda o uso da hidroxicloroquina, o que nós estamos fazendo é dando ao médico brasileiro o direito de, junto a seu paciente, em decisão compartilhada com seu paciente, utilizar o medicamento. Nós estamos autorizando, não é uma recomendação, isso é muito importante ficar bem claro”, enfatizou o presidente da entidade.

Conforme o parecer do CFM sobre o uso do fármaco, há três hipóteses nas quais o profissional poderá receitar o remédio.

Uma delas é quando o paciente se encontra em estado grave em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já com lesão pulmonar e reação inflamatória.

Nessa hipótese, o médico, por compaixão, poderá receitar a hidroxicloroquina, desde que haja autorização de familiares.

A segunda possibilidade é quando o paciente está com sintomas e precisa ser hospitalizado.

E o terceiro caso de permissão para receitar a droga, em casos de sintomas leves, desde que descartadas infecções por gripe comum.

“Pode ser utilizada pelo médico desde que ele tenha o consentimento do paciente, dos seus familiares, uma decisão compartilhada entre o paciente e o médico, com o médico sendo obrigado a explicar para o paciente que não existe nenhuma evidência de benefício do uso da droga e que a droga pode ter efeitos colaterais importantes”.

O conselho não aprova a prescrição preventiva da hidroxicloroquina.

“Não existe qualquer indicação do uso preventivo da hidroxicloroquina em relação à Covid-19. Isso é consenso em qualquer literatura do mundo e essa é a posição do CFM. Uso preventivo, não. O que nós aprovamos foram essas essas três situações.”

Segundo Britto Ribeiro, o CFM está atento a publicações de artigos em revistas científicas e pode rever o próprio posicionamento.

 

(*) Com informações do Metrópoles