O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta quinta-feira (29/10) que a intenção do Decreto 10.530/20 era privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e culpou a “guerra ideológica de narrativas”. A declaração foi dada em audiência pública da comissão especial do Congresso Nacional sobre a Covid-19.
Guedes disse que há cerca de 4 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com obras atrasadas e a intenção do governo era colocar a iniciativa privada para finalizá-las. “Jamais esteve sob análise privatizar o SUS, seria insanidade falar isso. Seria uma chance de colocar o capital privado a serviço da saúde brasileira”, disse. “Essa guerra ideológica de narrativas que tanto prejudica o país”, acrescentou.
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O ministro disse que se assustou ao ver a reação, mas destacou que a importância do SUS. “Mostrou durante a crise porque é decisivo e porque foi um passo acertado, essa ferramenta poderosa de um sistema descentralizado de saúde. Sobre o decreto, seria um contrassenso privatizar o SUS”, afirmou.
Segundo o ministro, a ideia foi trazida pela secretária especial do PPI, Martha Seiller, para aumentar a capacidade de atendimento do sistema de saúde.
Após críticas, o governo revogou, nessa quarta-feira (28/10), o Decreto 10.530, que incluía a política de fomento ao setor de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) no programa de concessões e privatizações do governo, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Minutos antes de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar que revogaria o decreto, o Ministério da Economia disse que o estudo foi solicitado pela pasta da Saúde e que os serviços seguiriam 100% gratuitos para a população.
(*) Com informações do site Metrópoles
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