Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Brasil

PCC é alvo da Operação Caixa Forte no Brasil e no Chile

Foram cumpridos 623 mandados contra o grupo criminoso paulista, que teve R$ 252 milhões bloqueados em contas pela Justiça de Minais Gerais

PCC é alvo da Operação Caixa Forte no Brasil e no Chile

Polícia Federal cumpre 623 mandados contra PCC (Foto: Josemar Antunes/Portal AM1)

Dezenove unidades federativas do Brasil e o país vizinho Chile foram alvo da operação da segunda fase da Operação Caixa Forte, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados por facção criminosa.

Além do Amazonas, a operação se estendeu pelos estados: Acre; Alagoas; Ceará; Distrito Federal; Goiás; Minas Gerais; Mato Grosso do Sul; Mato Grosso; Pará; Pernambuco; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Norte; Rondônia; Roraima; Rio Grande do Sul; Santa Catarina e São Paulo.

Segundo a Polícia Federal, 172 pessoas foram presas em 31 estabelecimentos prisionais em 14 estados. As investigações identificaram 210 integrantes do alto escalão do PCC, recolhidos em presídios federais, além do chamado “Setor da Ajuda”, criado para recompensar os membros da facção, que mantinham contas bancárias.

Os valores mensais eram depositados, também, para pessoas que não pertenciam ao grupo criminoso, com objetivo de despistar as autoridades policiais. A recompensa era para integrantes com cargo importante na facção ou missões executadas por determinação da liderança, como a execução de servidores públicos.

Ao todo, foram cumpridos 623 mandados contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que teve R$ 252 milhões bloqueados em contas pela Justiça de Minais Gerais. No litoral de São Paulo, a PF apreendeu R$ 2 milhões e US$ 730 mil.

Conforme a PF, os presos deverão responder por crimes de participação em organização criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.

A operação é cumprida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO), com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).