A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), instaurará procedimento para investigar as denúncias apresentadas contra o professor temporário afastado do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte. O docente Wendel Santana, 25 anos, foi desligado da unidade educacional após ensinar sobre sexo anal e oral durante aula de português, na última quarta-feira, 13.
Na ocasião, ele também pediu aos alunos que escrevessem uma redação improvisada sobre o tema. Segundo denúncia recebida pelo Metrópoles, as crianças fotografaram o conteúdo escrito pelo docente na lousa e gravaram áudios durante a aula.
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) também se posicionou sobre o ocorrido. Gilza Camilo, diretora da associação, afirmou que a entidade apura as acusações. “Viemos aqui hoje segunda-feira, 18 para resolver outro problema e tomamos conhecimento do caso. Não sabemos se as acusações procedem, mas o professor foi afastado e iremos apurar as denúncias”, explicou.
Nas imagens cedidas à reportagem, é possível ver a data da ocorrência e o tema proposto pelo educador no quadro branco. “Brasília, 13 de novembro de 2019. Objetivo: fazer o próprio currículo. Redação improvisada. Escrever sobre polidez e transformações afetivo-sexuais na adolescência (pós-infância). Sexo oral e penetração”, escreveu.
No conteúdo dos áudios obtidos pela reportagem, é possível ouvi-lo dizendo aos alunos: “Repitam comigo: ‘clitóris’, ‘clitóris’. Tem que tratar o assunto com educação, porque é normal”, ele diz.
Confira os áudios:
https://soundcloud.com/metr-poles/professor-pede-para-alunos-escreverem-redacao-com-a-tematica-sexo-oral-e-penetracao
O outro lado
Após receber a denúncia, a reportagem foi ao colégio na manhã desta segunda-feira, 18. O diretor responsável pela unidade estava em reunião interna com outros professores e informou não ter sido autorizado a dar entrevistas sobre a polêmica.
Uma mãe que não quis se identificar relatou ter tomado conhecimento da ocorrência pelo seu filho de apenas 10 anos. “Ele comentou sobre o professor, que escreveu no quadro algumas palavras, e me disse que nem sabia o que significava. Vou procurar a direção e pedir um posicionamento sobre o que eles estavam aprendendo. Queremos saber qual era o assunto debatido em sala. Uma outra mãe comentou que vai ocorrer uma reunião de pais para falar sobre o assunto. Estou aguardando”, disse a mulher.
Outros pais abordados em frente à escola não quiseram se pronunciar e alguns relataram desconhecer o fato.
(*) Com informações do Metrópoles
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