Manaus, 25 de abril de 2024
×
Manaus, 25 de abril de 2024

Brasil

Universidade Mackenzie expulsa aluno que gravou vídeo com falas racistas

No dia da eleição de 2018, ele publicou um vídeo que repercutiu nas redes sociais por causa de declarações racistas.

Universidade Mackenzie expulsa aluno que gravou vídeo com falas racistas

A Universidade Presbiteriana Mackenzie expulsou Pedro Bellintani Baleotti, de 25 anos, estudante de Direito da instituição, por ter gravados vídeos racistas e ameaçadores que viralizaram nas redes sociais. O aluno, apoiador da candidatura de Jair Bolsonaro, chegou a ser suspendo na das atividades acadêmicas.

O caso também está na 3ª Promotoria de Justiça Criminal, que solicitou instauração de inquérito policial. A expulsão do estudante ocorreu no final de 2018, mas só foi divulgada nesta quinta-feira 10.

Em nota, o reitor da universidade, Benedito Aguiar Neto, confirmou a saída do estudante e ressaltou: “a instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos.

Em um dos vídeos viralizado em outubro de 2018, o então universitário, vestido com uma camiseta com a imagem de Bolsonaro, disse: “Estou indo votar ao som de Zezé, armado com faca, pistola, o diabo, louco para ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo”.

Em outro momento, Baleotti filma dois negros em uma motocicleta e grita: “Tá vendo essa negraiada? Vai morrer. Vai morrer. É capitão, caralho”.

As imagens revoltaram colegas da Universidade de Mackenzie e fez com que centenas de estudantes protestassem na sede da faculdade e exigissem da direção um posicionamento.

Dias depois o reitor anunciou a suspensão do estudante por um período não informado. Embora tenha sido gravado “fora do ambiente da universidade”, afirma o texto, “o discurso incita a violência, com ameaças e manifestações racistas”.

Depois disso, novos vídeos do jovem surgiram. Em um deles, sem camisa e com uma arma na mão, o universitário enaltece Bolsonaro. Segundo Baleotti, o “povo precisa” do presidente eleito.

O estudante também foi dispensado do estágio no escritório de advocacia DDSA, de São Paulo. Em nota, os sócios declararam que o escritório “repudia veementemente qualquer manifestação que viole direitos e garantias estabelecidos pela Constituição Federal”.

*Informações retiradas da CARTACapital