Comissão se reuniu nesta terça-, 22, para votar relatório final (Foto: Agência Câmara)
Os grupos empresariais Odebrecht e J&F e seus respectivos responsáveis, Emílio e Marcelo Odebrecht e os irmãos Joesley e Wesley Batista, foram incriminados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES feito pelo relator, o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ). O texto foi aprovado nesta terça-feira, 22.
O parecer pede ainda o indiciamento de ex-ministros, ex-presidentes do BNDES, servidores públicos e funcionários do banco e, deixou de fora os ex-presidentes do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Foi aprovado destaque que retirou do relatório o nome do atual diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Fabrício Oddone da Costa.
Côrtes retirou o pedido de indiciamento dos ex-presidentes para conseguir um acordo pela aprovação do texto. Nas primeiras horas de reunião, a oposição tentou atrasar a votação do relatório, enquanto deputados do PSDB e do PSL defenderam a reinclusão dos nomes de Lula e Dilma.
O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), encaminhou favoravelmente ao relatório com alterações por meio de destaques. O PSDB encaminhou contrariamente ao texto.
A CPI apurou possíveis irregularidades nos contratos internacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no período dos governos petistas, de 2003 a 2015. Hoje é o prazo final para conclusão dos trabalhos da comissão, que já foi prorrogada por uma vez, por 60 dias.
Reinclusão de nomes
Entre os parlamentares que defenderam a reinclusão dos nomes de Lula e Dilma no relatório estão o presidente da CPI, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), e os deputados Sanderson (PSL-RS) e Paula Belmonte (Cidadania-DF), por exemplo. Macris disse que o relatório original foi esvaziado e que vai encaminhar ao Ministério Público da União os resultados dos trabalhos.
Nos últimos anos, esta é a terceira CPI que tenta apurar possíveis irregularidades no BNDES. As outras duas, uma da Câmara (2016) e uma do Senado (2018), não chegaram a resultados concretos.
*Com informações da Agência Câmara
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