Manaus, 28 de março de 2024
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Economia

Ibovespa segue tom positivo do cenário externo e fecha em alta de 0,65%

A volatilidade ainda esteve presente nos preços das ações, mas em menor proporção que nos últimos dias

Ibovespa segue tom positivo do cenário externo e fecha em alta de 0,65%

Novos indicativos de entendimento entre Estados Unidos e China trouxeram maior alívio aos mercados de ações em todo o mundo e conduziram o Índice Bovespa a uma alta de 0,65% nesta quarta-feira, 12, aos 86.977,46 pontos. A volatilidade ainda esteve presente nos preços das ações, mas em menor proporção que nos últimos dias.

No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a subir 1,77%. O apetite do investidor por ativos de risco se apoiou em boa medida na declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que poderia intervir no caso da prisão da executiva da empresa chinesa Huawei, se isso ajudar a garantir a trégua comercial de 90 dias acertada com a China ao final da reunião do G20. Trump disse ainda que não elevará tarifas sobre importações chinesas até que tenha certeza de um acordo.

A sinalização teve reflexo direto nos preços das commodities e nas bolsas da Europa e de Nova York, que reagiram com altas expressivas. O noticiário doméstico foi escasso, o que manteve o exterior como principal referência durante o pregão. Entre os destaques da tarde esteve a notícia de que o Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou mais documentos do governo a respeito da cessão onerosa para que seja possível fazer uma “análise integrada” dos parâmetros que serão usados na revisão do contrato e na modelagem econômica do leilão dos excedentes.

A notícia tirou o fôlego das ações da Petrobras, que, posteriormente, foram também penalizadas pela virada do petróleo para o terreno negativo nos mercados futuros de Londres e Nova York. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN terminaram com altas de 0,34% e 0,04%, respectivamente. Vale ON abandonou o terreno positivo para fechar com baixa de 0,45%. Por outro lado, os papéis do setor financeiro mantiveram ganhos moderados e garantiram o viés positivo do Ibovespa até o final do pregão.

“Sem expectativa de avanços na reforma da Previdência e na cessão onerosa, o cenário internacional deve ser o principal ‘trigger’ do mercado de ações até o final do ano. Além do contexto de tensão entre EUA e China, a Europa também estará no radar do investidor, com a cadeira da premiê Theresa May correndo riscos”, disse Rafael Passos, analista da Guide Investimentos.

Com o resultado desta quarta, o Ibovespa reduz a queda acumulada na semana para -1,29% e a do mês para -2,82%. Na última segunda-feira, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 32,64 milhões na B3. Em dezembro, o saldo estrangeiro na B3 está positivo em R$ 1,511 bilhão. No ano, há saída líquida de R$ 8 bilhões.

*Informações retiradas do Estadão