Manaus, 17 de abril de 2024
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Manaus, 17 de abril de 2024

Economia

Indústria do AM cobra medidas de Bolsonaro para salvar empregos

Documento aponta medidas em larga escala para salvar o emprego, a renda e a produção da ZFM, considerando que a pandemia deve durar de três a seis meses

Indústria do AM cobra medidas de Bolsonaro para salvar empregos

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva (Divulgação)

Representantes das indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) emitiram uma carta aberta, nesta terça-feira, 24, ao país e à população do Amazonas sobre as medidas sugeridas ao Governo Federal com o objetivo de salvar o emprego, a renda e a produção “para aliviar os efeitos do surto do coronavírus”.

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O documento foi assinado pelos presidentes da  Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Carlos da Silva, Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Luis Buzato Périco, Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Jr., e Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Z. Fermanian, e pede que o Governo Federal anuncie, imediatamente, medidas econômicas de larga escala, considerando que o período mais crítico do surto do coronavírus no Brasil terá duração de 3 a 6 meses .

“Entendemos a importância em preservar a solidez fiscal, mas definitivamente estamos vivendo momento extraordinário que requer decisões não usuais”, diz trecho da carta.

“Estamos considerando que o período mais crítico do surto do coronavírus no Brasil terá duração de 3 (três) a 6 (seis) meses, entre março a agosto, e de que seus efeitos mais agudos sobre a economia seriam também de mesma duração”, explica o documento.

A carta, que trata também do “Papel da Zona Franca de Manaus na Crise do Coronavírus”, relembra que o surto da doença, já foi declarada como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vem provocando desorganização na cadeia de produção global, com interrupção de suprimentos de bens e serviços e com consequente queda na confiança das famílias e empresas.

“Organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a OCDE já projetam risco elevado de recessão global. O Governo Federal iniciou sua reação com anúncio de algumas medidas econômicas, pretendendo irrigar a economia com montante próximo a R$180 bilhões; o Banco Central do Brasil tomou decisão de reduzir a taxa Selic para 3,75% ao ano e de abrir programas de vendas de dólares”, relata o documento.

A carta enfatiza que as medidas já feitas estão na direção correta, no entanto, dada a gravidade que vem tomando a crise econômica e seus cenários para o curto e médio prazos, os industriários avaliam que ainda é preciso fazer mais.

Entre as medidas sugeridas, estão: parceria do Estado com o Setor Privado, com a produção de equipamentos médico-hospitalares e de medicamentos em larga escala, o suficiente para fazer frente ao surto do coronavírus no Brasil; emprego e renda, com a manutenção do emprego e da renda das famílias brasileiras, “fundamental para o contexto atual de isolamento social e para a suavização do ciclo recessivo que enfrentaremos”; legislações trabalhistas, regulatórias, obrigações acessórias e diversas, com as flexibilizações de legislações para efeitos de conformidade nas áreas trabalhistas, incluindo sobre o trabalho a distância (home-office). 

A carta também busca medidas quanto ao Programa de Proteção do Emprego e Renda dos Trabalhadores (ProEmprego); o adiamento de recolhimento de tributos; ampliação do Bolsa-Família e do Seguro-Desemprego.

“Sairemos mais fortes desta crise. Sairemos ainda mais convictos na solidez de nossas instituições. E ainda mais confiantes de que a Zona Franca de Manaus está contribuindo de modo decisivo para a construção de um Brasil melhor”, finaliza o documento.

Confira carta na íntegra: