Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Economia

Mais da metade da população do AM está com o nome sujo

Amapá e Roraima aparecem na sequência, fazendo com que todos os Estados da região Norte tenham inadimplência acima da média nacional, que é de 40,9%.

Mais da metade da população do AM está com o nome sujo

População de Manaus lota a rua do "Bate-Palmas" para as compras do Natal. Foto: Márcio Silva/Agência AM1

O Amazonas tem 54,2% da sua população economicamente ativa com contas atrasadas. A informação foi divulgada na última segunda-feira, 23, no relatório da Serasa Experian que mostrou ainda que todos os Estados da Região Norte estão com a população inadimplente acima da média nacional de 40,9%.

Após o Amazonas completam a lista Amapá, com 49,8% de inadimplentes; Roraima, com 49,5%; Acre, com 49,2%; Tocantins, com 45,9%; Rondônia, com 44,7% e Pará, com 42,9% da população economicamente ativa com dívidas atrasadas.

O relatório mostrou ainda que o maior crescimento de inadimplentes no acumulado do ano foi na faixa etária acima dos 60 anos. Foram mais de 900 mil idosos nos registros da Serasa Experian de outubro de 2018 a outubro de deste ano. Um aumento de 10,1% no período, atingindo 9,8 milhões de inadimplentes.

“Em todo país, até outubro deste ano, havia 63,9 milhões de consumidores com as contas atrasadas e não pagas, representando 40,9% da população adulta. Os bancos e cartões continuam concentrando o maior volume de dívidas, com 32,3% de inadimplentes”, diz trecho do relatório.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os números altos entre os idosos se dá pela facilidade na obtenção de crédito junto a bancos e financiadoras.

“A concessão de crédito no Brasil depende principalmente do score de crédito, uma pontuação que avalia o comportamento financeiro destas pessoas. Os idosos aposentados costumam ter mais facilidade para conseguir empréstimos por conta da aposentadoria e do histórico de pagamentos, muito mais longo do que dos mais novos. A expectativa é que, com o Cadastro Positivo, as demais faixas também passem a ter mais acesso graças ao forte impacto que os novos dados terão na pontuação de crédito”, comenta Luiz Rabi.

*Com informações da assessoria