Manaus, 25 de abril de 2024
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Economia

Volkswagen encerra oficialmente produção do Fusca novamente

No Brasil, a produção foi encerrada, temporariamente, duas vezes: em 1956 e 1986.

Volkswagen encerra oficialmente produção do Fusca novamente

Foto: Reprodução

A montadora alemã Volkswagen encerrou oficialmente as produções do lendário Fusca, lançado em 1945. A última unidade foi produzida nesta semana na fábrica de Puebla, no México.

O automóvel foi desenvolvido na época da 2ª Guerra Mundial. Tem raízes militares, tendo sido criado na Alemanha de Hitler. Até o encerramento oficial, foram produzidas 21,5 milhões unidades em todo o mundo. Apenas no Brasil, foram 3 milhões.

No evento de despedida, a Volkswagen apresentou 1 cartaz com a frase: “é incrível como 1 carro tão pequeno deixa 1 vazio tão grande”. A última unidade produzida ficará em exposição na fábrica. Trabalhadores se reuniram para dar o acabamento final. Nas camisetas dos funcionários, mensagens de agradecimento: “thanks, Beetle”.

Os últimos 65 automóveis do modelo serão comercializados no próprio México, pelo site, por US$ 21 mil (cerca de R$ 78,9 mil).

CONSOLIDAÇÃO

Ao longo do anos, sofreu poucas mudanças no design externo, mas conseguiu acompanhar os avanços tecnológicos por dentro. O modelo original foi criado pelo ditador Adolf Hitler com auxílio de Ferdinand Porsche, no início dos anos 30.

À época, era designado por Porsche como “1 carro do povo alemão, que deveria ser funcional e fiável, embora com uma construção relativamente leve. Deveria oferecer espaço para 4 pessoas, atingir velocidades de até 100 km/h, com motor de cilindros contrapostos, refrigerado a ar e conseguir superar subidas com 30% de inclinação”.

Dado o projeto, os primeiros modelos de protótipos foram desenvolvidos em 1935. Antes de ser conhecido como Beetle, foi registrado como KdF-Wagen, tendo como inspiração o lema Kraft durch Freude, que significa “Força pela Diversão”.

Porsche chegou a viajar aos EUA para visitar fábricas norte-americanas para encontrar engenheiros alemães e, só assim, concluir o projeto de design. Em 1938, Hitler fundou a 1ª fábrica de produção do automóvel.

Em 1945, após o fim da 2ª Guerra, iniciou-se a produção em massa. De forma improvisada e com pouco material, o desenvolvimento de novas unidades foi prejudicado em 1 momento que a população alemã vivia à base da esperança.

Os EUA tomaram a fábrica da montadora em 11 de abril de 1945. Dois meses depois, o governo britânico começou a administrar o espaço e inseriu 1 quadro de 6.000 funcionários. Logo após, recebeu 1 pedido de 20.000 carros, o que deu o impulso necessário para fábrica conseguir decolar.

A maioria das unidades eram vendidas aos países Aliados (França, Inglaterra, EUA e União Soviética) e para áreas rurais. Até 1947, conseguiam vender mensalmente cerca de 1.000 carros. Em 1948, passou a ser encomendado por empresas privadas e outros países.

A Volkswagen voltou ao poder dos alemães em 1949 e foi 1 dos motivos para que a economia do país voltasse a se recuperar. Inclusive, foi uma das empresas responsáveis por melhorar a imagem da nação frente ao mundo.

Foram os EUA que mais ajudam nas encomendas iniciais. Desde o lançamento, dos 21 milhões de fuscas produzidos, a nação norte-americana foi responsável por comprar 11 milhões de unidades.

O Fusca tornou-se o automóvel mais produzido do mundo em 17 de fevereiro de 1972, retirando da liderança o Ford T. Saiu do topo após 30 anos, com o lançamento do Golf.

No Brasil, a produção foi encerrada, temporariamente, duas vezes: em 1956 e 1986. No México, parou em 2003. A versão mexicana, chamada de “Última Edición”, foi finalizada em 2003.

O novo modelo do Fusca, New Beetle, foi lançado 5 anos após a morte do Fusca original, em 2003. Produzido pelo designer norte-americano J. Mays, também teve a 1ª edição lançada na fábrica de Puebla, no México. Com desenhos e motores mais modernos, preservava o desenho do Fusca original. Foi sucesso nos EUA, tendo alcançado a venda de 380 mil unidades. Mas não alcançou o esperado, tanto na nação norte-americana, quanto na Europa.

 

 

*Informações retiradas do Poder360