Manaus, 18 de abril de 2024
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Manaus, 18 de abril de 2024

Esportes

Ronaldinho Gaúcho e Assis só podem receber visita do seu advogado na prisão

Os brasileiros estão detidos na Agrupación Especializada de la Policía Nacional, um quartel transformado em presídio de segurança máxima na capital paraguaia.

Ronaldinho Gaúcho e Assis só podem receber visita do seu advogado na prisão

Ronaldinho Gaúcho e seu Irmão Assis. Foto Ministério Público do Paraguai

A justiça do Paraguai estendeu ontem (25), a suspensão de todas as atividades do Poder Judiciário em todo o país até o dia 12 de abril, por causa da pandemia do novo coronavírus, a decisão complica a situação de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, presos em Assunção desde o último dia 6 após usarem passaportes falsos para entrar no país.

“Há muita incerteza por aqui. Vamos ver como os dias passam. Devido a esse problema do coronavírus, qualquer definição é muito arriscada”, disse o advogado de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Adolfo Marín.

Os brasileiros estão detidos na Agrupación Especializada de la Policía Nacional, um quartel transformado em presídio de segurança máxima na capital paraguaia. Para evitar a disseminação do coronavírus, estão proibidas visitas a presos no local desde a última terça-feira. Somente advogados podem entrar na cadeia. Os presos também passaram a ser examinados diariamente. O Paraguai registrava até quarta-feira três mortes e 51 pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Perícia nos celulares 

O conteúdo dos aparelhos celulares de Ronaldinho Gaúcho e do irmão está sendo periciado por investigadores do Ministério Público, que esperam saber se os dois têm ou não ligação com uma organização criminosa estruturada para falsificar documentos e especializada em lavagem de dinheiro. A suspeita do Ministério Público é de que os dois façam parte de um amplo esquema. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a operação de negócios ilegais no país.

Decisão da primeira instância confirmada por um tribunal da apelação sustenta que o ex-jogador e seu irmão têm de permanecer presos enquanto durar as investigações. Pelas leis paraguaias, o inquérito pode durar até seis meses.

Os juízes apontam risco de fuga e de obstrução nas investigações se os brasileiros forem transferidos para prisão domiciliar. A defesa de Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

(*) Com informações do Estadão Conteúdo