Dez anos depois do concurso público para o Corpo de Bombeiros e uma demorada briga judicial, os 694 profissionais que passaram no certame à época poderão atuar no Estado. A nomeação foi determinada pela Justiça este ano e a convocação dos concursados será permitida por meio de um termo de intenção, assinada nesta sexta-feira, 16, entre a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e o Corpo de Bombeiros.
Esses profissionais, que são médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e áreas afins, irão atuar em uma unidade da rede estadual de saúde. Conforme o Governo, essas nomeações vão possibilitar a revisão de contratos de mão de obra na área da saúde.
Durante a reunião, na sede da Susam, o secretário Rodrigo Tobias, além de técnicos da secretaria, e o comandante dos CBMAM, Danízio Valente, discutiram a possibilidade dos profissionais assumirem o atendimento em uma unidade da rede de urgência e emergência. Essa unidade, no entanto, ainda não foi definida.
“Estamos firmando um termo de intenção, com vistas ao termo de cooperação e convênio a serem firmados, por meio dos quais os profissionais convocados sejam alocados em uma de nossas unidades”, revelou Tobias.
Ele observou que a medida ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM).
Ainda segundo o secretário, a Susam e os Bombeiros devem encaminhar, nos próximos dias, à Casa Civil do Governo do Amazonas, a nota técnica que vai embasar a mensagem governamental a ser enviada à ALE-AM.
“É o tempo da convocação dos classificados no concurso e das adequações na legislação que deverão ser feitas, sob a aprovação da Assembleia Legislativa, para que possamos concretizar esse projeto que vai ser de grande importância para a melhoria dos serviços de saúde ofertados à população”, declarou Rodrigo Tobias.
O comandante do Corpo de Bombeiros afirmou que, após a convocação, os profissionais ainda passarão pelo curso de formação. Segundo ele, a intenção não é transformar a unidade em um hospital militar. A gestão é que deverá ser dos bombeiros e o hospital continuará aberto à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
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