Manaus, 19 de abril de 2024
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Cidades

Julgamento do delegado Sotero é adiado para o fim de novembro

Ministério Público e OAB-AM preparam coletiva para explicar os motivos do adiamento.

Julgamento do delegado Sotero é adiado para o fim de novembro

Todos os preparativos para o julgamento estavam definidos. ( Márcio Silva/Amazonas1)

O julgamento do delegado da Polícia Civil (PC), Gustavo Sotero, foi adiado para os dias 27, 28 e 29 de novembro. Na noite dessa segunda-feira, 28, a defesa de Sotero entrou com uma petição pedindo explicações sobre a lista de jurados, questionando de onde saíram os 31 nomes que entraram de última hora. A decisão foi divulgada pelo juiz de Direito Celso Souza de Paula, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, em concordância entre Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e a defesa do réu.

Conforme o juiz de Direito Celso Souza de Paula, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, foram pré-selecionados 39 jurados em novembro de 2018 e dessa primeira lista, apenas o nome de oito constavam na lista anual. Desses, 31 nomes entraram na lista de última hora, motivo pelo qual a defesa de Sotero questionasse o Tribunal.

“Não foi um erro do Tribunal, existia uma listagem preliminar e infelizmente não foi observado. Tem jurados que, em regra, diz que não quer ser jurado e a lei permite que ele tenha esse direito, então outros nomes acabam entrando”, diz o promotor do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Jorge Pestana, que completou “não foi ajustado com novos nomes que teria que ser atualizada”.

Após dois anos de espera dos familiares do advogado Wilson Justo Filho, morto pelo delegado em uma casa de show de Manaus, em outubro de 2017, o julgamento, que estava marcado para ter início na manhã desta terça-feira, 29, foi adiado para o próximo mês. O motivo foi para se evitar futura anulação do julgamento por conta de confusão com os nomes dos jurados.

O que diz a defesa de Gustavo Sotero

Para o advogado de defesa do delegado Gustavo Sotero, Cláudio Dalledone, que é do Rio do Grande do Sul, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), preocupa-se não se preocupou de fiscalizar a listagem de jurados, pois acaba colocando o seu foco em apenas em acusar Sotero.

Advogados de defesa do delegado Sotero (Marcio Silva/Amazonas1)

“Nós não poderíamos iniciar o julgamento com um defeito desses, que poderia anular todo um trabalho. É uma obrigação do advogado verificar se o julgamento vai transcorrer de forma íntegra”, disse.

 

(*) Colaborou Bruno Pacheco