Manaus, 24 de abril de 2024
×
Manaus, 24 de abril de 2024

Cidades

Morre o repórter fotográfico Raimundo Valentim

Morre o repórter fotográfico Raimundo Valentim

Raimundo Valentim sofria de câncer (Foto: Reprodução/Facebook)

Faleceu na manhã desta segunda-feira, 12, o repórter fotográfico Ramundo Soares Valentim, aos 61 anos. O ‘Professor’, como era chamado pelos colegas de profissão, sofria de câncer e estava internado no Hospital Prontocord.

Valentim morreu na manhã desta sexta-feira

Raimundo Valentim sofria de câncer (Foto: Reprodução/Facebook)

O velório seria na funerária Recanto da Paz, na Alameda Cosme Ferreira, mas foi foi transferido para a unidade da Compensa, na Rua Cel Cirilo (rua da ponte), próximo ao Big Amigão. Será a partir das 14h e a saída para o enterro, às 16h, no cemitério Recanto da Paz, em Iranduba, no KM 14 da rodovia Manoel Urbano.

Valentim era profissional com larga experiência no jornalismo fotográfico. Natural do Rio de Janeiro, trabalhou em jornais como O Dia, Jornal do Brasil e O Estado de S. Paulo como repórter fotográfico. Em Manaus, foi editor de fotografia no Diário do Amazonas, O Estado do Amazonas e A Crítica.

O ‘Professor’ venceu três prêmios fotográficos e participou de várias exposições individuais e coletivas no Amazonas e Rio de Janeiro.

Amigos prestaram homenagens nas redes sociais, relembrando as conhecidas frases de efeito do ‘Professor’, como “Camarão que dorme, a onda leva”.

Confira alguns depoimentos de quem o conheceu:

O Valentim teve o respeito e a admiração dos colegas, numa relação de reciprocidade. Ele respeitava as pessoas e lhes dava oportunidades profissionais. E tinha prazer em ver colegas fazendo, como ele fazia, bons trabalhos. Um profissional, para resumir, do bem“. Sérgio Bártholo, jornalista, diretor de Redação do jornal Diário do Amazonas.

 

“Conheci o Valentim no Jornal Diário do Amazonas, onde ele era Editor de fotografia e me deu a oportunidade de entrar na fotografia. Valentim era um cara alegre, parceiro, amigo, e sempre dispostos a ajudar seus colegas. Foi ele que me incentivou e a fazer a faculdade de jornalismo. Também foi ele que me ajudou entrar na área fotojornalística e acreditar que sempre podia fazer melhor meu trabalho”Sandro Pereira, repórter fotográfico.

 

“Conheci o Valentim em 1996, em A Crítica, em um projeto gráfico novo, mas já conhecia os trabalhos dele.  Sempre preocupado com a qualidade do trabalho jornalístico e com as condições de trabalho dos colegas. Dono de humor refinado, sempre tinha uma boa tirada nos momentos tensos e quando de reuniam para discutir pautas ou em simples conversas. Mostrava na prática a importância do papel social do jornalista, de se preocupar em oferecer notícias precisas e de amplo interesse da sociedade.  Certamente fará falta aos familiares e aos amigos“. Robson Franco, radialista e jornalista.

 

“Companheiro de muitos pautas e cumplicidade em três redações diferentes por onde passamos juntos. Aqui conto uma história que ninguém sabe, mas hoje a torno pública. Em 2003, quando comecei como estagiário no jornal O Estado do Amazonas, minha primeira pauta de rua foi contar o caso de um homem que tinha vindo do Pará e, sem emprego ou familiares, estava morando e uma parada de ônibus no Campos Elíseos. Muito amigo do meu pai, Valentim logo se propôs a me acompanhar. Talvez se sentindo na obrigação de ajudar aquele moleque que ele conhecia desde muito cedo. Chegando, lá sem experiência nenhuma, o cara logo me colocou pra correr. Virei e disse: vamos embora, ele não quer falar. Naquele dia eu voltaria para a redação frustrado e sem concluir minha primeira missão. Vendo minha aflição, o Valentim foi lá, conversou com o paraense e disse: tudo certo Mário, é só conversar com ele. E assim consegui fazer minha primeira pauta. Obrigado por tudo, professor. Você é um cara que sempre fazia seu trabalho com muita dedicação. Sou feliz por ter trabalhado e convivido com você muitos anos. Pode ter certeza que aprendi bastante nesta jornada. Tenho certeza que a partir de hoje você passa a fazer parte da história do jornalismo amazonense”Mário Adolfo Filho, jornalista.