(Foto: Divulgação/ Uber)
A pandemia do novo coronavírus fez com que o Amazonas determinasse diversas medidas restritivas que afetaram os motoristas de aplicativos.
Decorrente dessas medidas o fluxo de pessoas diminuiu muito, principalmente na capital.
Assim, uma das categorias que mais tem sentido o impacto dessas restrições são os motoristas de aplicativo.
Mesmo com a queda no número de corridas, realizadas diariamente, e a ameaça da covid-19, muitos enfrentam esses perigos para tentar gerar renda para a família.
“A renda caiu de 70% a 80%. Motorista hoje para tirar R$ 60 ‘livre’, tem que rodar de 8 a 12 horas diárias”, disse Tiago Rodrigues.
“Estamos economizando o máximo para que a gente consiga sobreviver, porque a gente só tá sobrevivendo, pagando conta a gente não tá”, disse o motorista que atua no setor há três anos.
Segundo ele, a categoria está seguindo as orientações dos órgãos de saúde, limpando os veículos diariamente, usando máscara e álcool em gel, mas alguns passageiros ainda estão resistentes quanto a manter a janela do carro aberta.
A queda na renda dos motoristas é ainda mais preocupante para aqueles que trabalham com carros alugados, como relata o motorista Felipe Daniel Novo.
“Em algumas empresas de aluguéis de veículos os pátios estão lotados. Eu tenho um grupo de motoristas de aplicativo aplicativo que tem cerca de 300 motoristas, só no meu grupo a estimativa é que 60 a 70 pessoas já entregaram os veículos, e outras estão se programando para entregar”, disse.
Segundo Felipe, a taxa de aluguel é de aproximadamente R$400, oo por semana, além disso há os custos com o combustível.
“Tem muitas famílias que estão completamente isoladas, completamente desamparadas em casa, porque já tiveram que devolver seus veículos. Estamos fazendo o que agente pode para um ajudar o outro, porque as solicitações deixaram de existir”, afirmou.
Uber e 99 propõem auxílio aos motoristas
A principais empresas de transporte por aplicativo propuseram algumas medidas para ajudar os motoristas.
A Uber implementou uma política para que qualquer motorista ou entregador parceiro diagnosticado com a infecção do novo coronavírus receba assistência financeira por até 14 dias.
Isso vale para quem tiver a quarentena individual solicitada por uma autoridade de saúde ou por um médico.
O valor da assistência financeira vai ser baseado na média diária de ganhos do parceiro nos seis meses anteriores a 6 de março.
Caso ele esteja usando o app há menos tempo, a média vai ser baseada nos ganhos desde a primeira viagem ou entrega até o dia 6 de março de 2020.
Já a 99 informou, em nota, que está em andamento uma parceria com os governos para a adoção de corridas nas quais 100% do valor seja do condutor.
Também tem adotado o uso de tecnologia pioneira no Brasil para desinfecção dos carros.
Essa é a forma de criar uma camada a mais de segurança para passageiros e motoristas.
Com essas medidas a empresa acredita em ampliar número de corridas focadas em quem precisa sair de casa.
Além disso, segundo matéria publicada no Estadão, a Didi Chuxing, empresa estrangeira dona da 99, está criando um fundo com R$ 10 milhões para motoristas e entregadores com a covid-19.
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