Manaus, 28 de março de 2024
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Protesto contra a reforma em Manaus tem pouca adesão popular

O ato faz parte da greve geral, que acontece em várias cidades do Brasil e teve também a adesão da classe petroleira do Amazonas

Protesto contra a reforma em Manaus tem pouca adesão popular

Centrais sindicais e movimentos sociais realizaram uma manifestação em prol da classe dos trabalhadores na manhã desta sexta-feira, 14, na Praça Heliodoro Balbi (da Polícia), na avenida Sete de Setembro, Centro de Manaus. O objetivo do protesto é contra a reforma da Previdência, contra o valor do benefício dos aposentados, do contingenciamento na educação e por mais empregos. O ato faz parte da greve geral, que acontece em várias cidades do Brasil, e teve a adesão da classe petroleira do Amazonas. O ato registrou menos de 30 pessoas.

O ato começou por volta das 9h, reuniram presidentes, representantes e membros da Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Força Sindical. Os atos foram divididos em três partes, em Manaus: área da indústria: Refinaria Isaac Sabbá (Reman); Educação: na frente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); e nas áreas de serviços e comércios: na Praça da Polícia.

(Foto: Divulgação)

O público aguardado era mais de cem pessoas, o que não supriu as expectativas dos organizadores, a partir disso os membros da Comissão vão fazer uma segunda paralisação com o objetivo de reunir todos os servidores públicos, produtores rurais, professores, além dos simpatizantes que querem aderir o movimento como ‘clamor dos trabalhadores’, o encontro será na Praça da Saudade, avenida Epaminondas, bairro Centro de Manaus na tarde desta sexta.

Segundo o secretário geral da União UGT, Daniel Batista, o recado ao governo Bolsonaro é não prejudicar os trabalhadores. O trabalhador vai ter que exercer a função por mais tempo de no mínimo 12 anos e vai precisar ganhar mais. A trabalhadora vai ter que trabalhar muito mais e ganhar menos. Outro ponto, o governo quer transformar a aposentadoria em capitalização, por exemplo, “só um trabalhador participa na sua aposentadoria e vai depender do mercado financeiro, se o mercado for ruim a aposentadoria também e isso nós não concordamos,” explicou Batista.

Conforme o secretário, os aposentados por doenças crônicas, que, hoje, recebe um salário mínimo vão passar a receber apenas R$ 400,00, e, ninguém consegue ‘viver’ com esse valor mensal.

O presidente do Sindicato dos bancários do Amazonas, Nindberg Santos, falou da importância da paralisação geral, é para sensibilizar os governantes que a reforma da Previdência que está sendo colocada, assim como a falta de emprego, sem moradias, é danosa para todos os trabalhadores, “nós não podemos aceitar que as pessoas que estão aposentadas, por exemplo, daqui um tempo vai ter redução no valor da aposentadoria, se continuar assim, eles vão mexer no teto que é de aproximadamente de R$ 5.600, vai cair em torno de 30% do valor desse teto e de modo geral o aposentado não vai mais poder se empregar em outro lugar, vai ter que viver só com o salário de aposentadoria e como vamos viver só com o salário de aposentadoria desse jeito, eles não cobram das grandes empresas, o Itaú deve milhões de sonegações, e ninguém cobra,  afirmou Santos.

Com a  privatização os trabalhadores serão muito prejudicados, o governo quer privatizar tudo então qual seria a função de ter um presidente no Brasil. “Votamos e colocamos eles lá e podemos também retirar eles, conclui.

O trânsito não foi prejudicado, duas viaturas da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM) estiveram presentes na Praça.