Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Cidades

Prefeito vai socorrer financeiramente o Bosque da Ciência por três meses

“Acordei com essa notícia terrível, que me deixou muito preocupado e indignado. Se queremos tratar a sério a Amazônia, temos que tratar a sério o Inpa”

Prefeito vai socorrer financeiramente o Bosque da Ciência por três meses

(Foto: Alex Pazuello / Semcom)

Após a notícia de que o Bosque da Ciência iria fechar as portas por falta de recursos financeiros e pessoal, o prefeito Arthur Neto (PSDB) anunciou que vai ajudar financeiramente a instituição, vinculada ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), para que mantenha suas atividades de visitação pública.

O prefeito já autorizou que a Secretaria Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef) firme um convênio para repassar recursos que garantam o funcionamento do bosque, por um período de três meses, além de custear um plano de viabilidade econômica, necessário para a terceirização do parque. Arthur também já solicitou uma audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para tratar do assunto, de forma permanente.

(Foto: Alex Pazuello / Semcom)

“Acordei com essa notícia terrível, que me deixou muito preocupado e indignado. Se queremos tratar a sério a Amazônia, temos que tratar a sério o Inpa e as universidades”, afirmou o prefeito, que no início da tarde desta terça-feira, 9/7, esteve reunido com a diretora do Inpa, Antônia Franco, e os coordenadores de Gestão Estratégica, Hillândia Brandão; de Administração, Edwiges Secafi; e de Pesquisa, João Souza, para discutir formas de viabilizar, temporariamente, o funcionamento do Bosque da Ciência, além de estudar formas permanentes de solução.

“O orçamento do Inpa é de apenas R$ 3,5 milhões por ano, mas deveria ser de R$ 3,5 bilhões para nós, de fato, desenvolvermos nosso potencial econômico plenamente, a começar pelo uso da biodiversidade e pela construção da indústria de biotecnologia. Como está, o Brasil não vai a lugar nenhum. Vamos ficar estagnados como um país analógico e pararemos de sonhar com a tal economia 4.0”, criticou.

A diretora do Inpa, Antônia Franco, confirmou que as principais dificuldades são em relação a recursos humanos, o que reflete na recepção dos visitantes, segurança, manutenção do parque e combate ao vandalismo. “Nós precisamos de pessoal para auxiliar na manutenção do bosque. A sociedade vai visitar, nós recebemos mais de 120 mil visitantes por ano, e precisamos de pessoal para isso”, disse a gestora, que informou que a reunião foi realizada a pedido do próprio prefeito.