Manaus, 24 de abril de 2024
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Manchete

Professores da Semed denunciam riscos com ar condicionados danificados nas escolas

Professores da Semed denunciam riscos com ar condicionados danificados nas escolas

Os aparelhos não apresentam condições de funcionamento, mas permanecem nas salas de aula (Reprodução/Facebook)

Da Redação

Escolas com salas de aulas abafadas, aparelhos de ar-condicionado danificados e sem manutenção têm sido problemas constantemente mostrados nas redes sociais por professores da Secretaria Municipal de Educação (Semed). São aparelhos de janela, velhos, sujos, danificados e que expõe estudantes e servidores a riscos graves de segurança além do desconforto térmico e  doenças respiratórias.

A professora de História Gleice Oliveira expôs a situação de seis escolas de Manaus. Entre elas estão: Escola Municipal Professora Sara Barroso Cordeiro, Santa Etelvina; CMEI Beatriz Sverner, Tancredo Neves, Nova Floresta 4; Escola Municipal Arthur Engracio da Silva, Tancredo Neves; Escola Municipal Maria do Carmo Rebelo de Souza, São Jose II; Escola Municipal Professora Noêmia Santana do Nascimento, Redenção; e Escola Municipal Maria Leide Amorim, na Comunidade São João, localizada no quilômetro 4 da BR-174, área rural. A professora Maria Glair também publicou imagens de aparelhos quebrados na escola onde leciona.

Os ar condicionados representam, também, risco de segurança aos alunos (Reprodução/Facebook)

As providências são pedidas pelos diretores da escola aos distritos educacionais. Com a demora na resposta, é comum os professores fazem cota ou até mesmo rifa para resolver o problema com urgência.

Vereador no período de  2013 a 2016, o professor Bibiano já levou a denúncia ao plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) e até ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM). “Fica difícil trabalhar e estudar com ar que não funciona em prédio alugado e adaptado sem ventilação. Temos que fazer rifa para arrumar os condicionadores de ar”.

Segundo o professor, a maioria das escolas funciona de forma adaptada em prédios que antes eram apartamentos, casas, comércios e armazéns, quentes, úmidos, mofados e sem ventilação. “Uma vez denunciei o caso de uma escola que funcionava um depósito de gás nos fundos. É muito humilhante e perigoso para os alunos”, disse Bibiano.

Justificativa

Em nota, a Secretaria Municipal Educação (Semed) não negou a existência do problema, mas respondeu que os consertos dos aparelhos dependem de um cronograma de atendimento pela subsecretária de Infraestrutura e Logística da Semed para as 492 unidades de ensino. “No cronograma estão inclusas as unidades citadas nesta demanda. Os serviços realizados são registrados e acompanhados por meio de relatórios mensais”.

Na resposta, a Semed disse desconhecer a informação sobre a utilização de recursos próprios por parte de professores e funcionários das unidades para o reparo dos aparelhos. “As unidades da rede municipal de ensino recebem recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Ministério da Educação (MEC) para a execução de diversas ações dentro das escolas, entre elas a manutenção de equipamentos como aparelhos de ar-condicionado”.