Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Cidades

Professores vão à CMM barrar votação de reajuste rejeitado pela categoria

Reajuste de 8% enviado pela Prefeitura de Manaus foi rejeitado pela categoria na semana passada, mas segundo professores, foi enviado à força para votação.

Professores vão à CMM barrar votação de reajuste rejeitado pela categoria

(Robervaldo Rocha/CMM)

Os professores da rede municipal de Manaus foram para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) tentar barrar a votação do Projeto de Lei que reajuste o salário dos servidores da educação em 8%. A categoria alega que o prefeito Arthur Neto, atropelou as negociações que já estavam ocorrendo e entregou o texto com o reajuste, sem ser combinado com os trabalhadores. 

As duas entidades de classe que representam o movimento, se pronunciaram nesta terça-feira, 11, repudiando a manobra e convocando os trabalhadores para comparecer ao plenário municipal e pressionar os vereadores. O texto foi entregue e entrou em tramitação em caráter de urgência. 

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam) informou por meio de nota que a proposta de reajuste de 8% vindo do Executivo Municipal já havia sido rejeitada na última quarta-feira. A entidade pediu em caráter de urgência uma audiência com Arthur Neto, alegando que o prefeito teria “quebrado” a mesa de negociação. 

“Estávamos em plena negociação. Ele foi, no mínimo, desrespeitoso”, afirma a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

Professores protestam em frente a sede da Semed pedindo convocação dos aprovados de 2018 – foto: divulgação

A Associação dos Professores e Pedagogos de Manaus (AspromSindical) manifestou repúdio pela atitude que chamaram de “inescrupulosa” do Prefeito de Manaus, por “romper unilateralmente a Mesa de Negociação da data-base que estava ocorrendo com total respeito das partes e produzindo avanços nas propostas apresentadas pelas Comissões de Negociação de ambos os lados”. 

Em nota a entidade declara que “todos foram surpreendidos”, e que a medida “atropela todos os ritos democráticos de discussão e debate que um projeto dessa importância deve ter, contando com a subserviência da esmagadora maioria dos Vereadores de Manaus, com a exceção, apenas de 1 Vereador”, diz o texto. 

O AspromSindical estará convocando, em momento oportuno uma Assembleia Geral Extraordinária para analisar a atitude do Prefeito e decidir qual o caminho a tomar diante do ocorrido. 

Pela manhã, alguns professores estiveram em frente à sede da Semed, cobrando a convocação dos aprovados no Concurso de 2018. 

A Prefeitura  Municipal de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), foi procurada pelo Amazonas1  e deve se pronunciar sobre o caso em breve.