Nas últimas semanas, o Governo do Amazonas reforçou o policiamento nas ruas de Manaus, e principalmente no Centro da cidade, para garantir o cumprimento das medidas restritivas determinadas em decreto.
Nesta quarta-feira, 13, a Polícia Militar (PM) mais uma vez realizou a fiscalização dos estabelecimentos comerciais e apenas os serviços essenciais puderam permanecer funcionando.
“Estamos aqui diariamente. Começamos por volta das 5h da manhã na Manaus Moderna, onde isolamos uma das ruas, a Barão de São Domingos, retiramos os ambulantes das calçadas e cumprimos as determinações do decreto”, disse o Tenente-Coronel Luiz Alberto Navarro.
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Segundo o Tenente-Coronel, todos os dias há ambulantes que resistem às determinações e precisam ser orientados. Além disso, a polícia também tem feito abordagem de veículos e encontrados em situações irregulares, como motoristas sem habilitação.
Ambulantes relatam dificuldades
Mesmo com as fiscalizações, alguns ambulantes tentam de alguma forma conseguir uma renda, mas a maioria enfrenta dificuldades e critica algumas medidas do governo durante a pandemia da Covid-19.
“Temos que nos prevenir, mas aí como as nossas famílias vão comer, vão beber? É muito fácil falar na televisão para ficar em casa, e os pais de família que trabalham por conta própria?”, disse o vendedor de relógios Edmilson Rodrigues.
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Rodrigues afirma que sua principal necessidade é comprar o remédio da esposa que sofre com mal de Parkinson. “Se eu não trabalhar para comprar o remédio dela como é que eu vou pagar?”, questionou.
Assim como Rodrigues, o ambulante Elizeu Rêgo, também tem tido dificuldades para conseguir o sustento da família nos últimos dias.
“A gente que é trabalhador estamos esperando esse benefício aí, (auxílio emergencial) e nada de chegar. O governador tem que pensar que a gente não tem uma ‘prateleira de arroz’, de feijão em casa, e a gente tem criança, tem família”, disse.
Nessa terça-feira, 12, o Governo do Amazonas prorrogou, até o dia 31 de maio, a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais e de recreação e lazer.
O novo decreto, que será assinado pelo governador Wilson Lima, estabelece uso obrigatório de máscara e penalidades, como multa diária de R$ 50 mil para pessoas jurídicas que não cumprirem as determinações.
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