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Alzheimer: exame pode detectar até 20 anos antes dos sintomas

De acordo com uma pesquisa, uma proteína capaz de ser identificada no sangue consegue detectar a doença de Alzheimer até 20 anos antes dos sinais iniciais

Alzheimer: exame pode detectar até 20 anos antes dos sintomas

Imagem: kukhunthod/IStock

Uma proteína capaz de ser identificada no sangue consegue detectar a doença de Alzheimer até 20 anos antes dos sinais iniciais, afirma uma pesquisa publicada na revista JAMA, nessa terça-feira (28). O estudo foi liderado por pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia.

A princípio, eles queriam responder se o índice de fosfo-tau217 seria capaz de diferenciar o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas. Já era conhecido que os níveis da fosfo-tau217 aumentam cerca de sete vezes em caso de Alzheimer e, em indivíduos com o gene que causa a doença, a taxa começa a subir 20 anos antes do início do comprometimento cognitivo.

O estudo incluiu 1.402 pacientes divididos em três grupos e concluiu que o biomarcador (proteína fosfo-tau2017) é uma forma eficiente para realizar o diagnóstico. O achado é importante para o tratamento dos pacientes, pois os sinais da doença podem ser identificados mais cedo.

Durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Chicago, também nessa terça, a cientista e porta-voz da Associação de Alzheimer dos EUA, Maria Carrillo, comemorou o resultado: “Existe uma necessidade urgente de ferramentas que sejam simples, de baixo custo e não invasivas para o diagnóstico da doença. A possibilidade de uma detecção precoce, que permita intervir com tratamento antes que a doença cause perdas significativas no cérebro, seria uma grande mudança para os pacientes, as famílias e nosso sistema de saúde.”

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Estudo anterior:

O achado publicado na revista JAMA dessa terça-feira é mais um que sugere exames de sangue para antecipar diagnósticos de Alzheimer. Em 2019, pesquisadores da Universidade de Washington se basearam no mesmo conceito, mas com uma proteína diferente: a beta-amiloide.

Na ocasião, os cientistas realizaram testes em 158 pessoas com mais de 50 anos e funções cognitivas normais: o exame alcançou 94% de precisão.

 

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(*) Com informações da Folhapress