Manaus, 25 de abril de 2024
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Feminista joga água com alvejante em homens de pernas abertas no metrô

Feminista joga água com alvejante em homens de pernas abertas no metrô

A ativista russa Anna Dovgalyuk, uma estudante de direito de 20 anos, encontrou uma forma radical de lidar com o chamado “manspreading“, o ato dos homens de sentarem de pernas bem abertas no transporte público, ás vezes atrapalhando quem está do lado: jogar água. E com uma solução concentrada de alvejante, para deixar marcas em suas calças.

A técnica polêmica rendeu um vídeo que mostra Anna jogando a mistura em homens sentados em ônibus e no metrô de São Petersburgo, na Rússia.

Segundo a jovem, o comportamento é uma “agressão de gênero” e que as leis do país são lentas para resolvê-lo. Em seu vídeo, ela afirma que homens que se sentam assim desrespeitam as mulheres sentadas próximas.

“Esse ato é uma demonstração masculina, de como eles são machos-alfa, para mulheres e crianças próximas”, afirma a ativista no início do vídeo. “Essa mistura [6 litros de água sanitária e 30 litros de água comum] é 30 vezes maior que as usadas para lavar roupas”, completa. A ideia é que as roupas dos homens fiquem com marcas do protesto. 

A ativista entende que o manspreading está sendo combatido em vários lugares do mundo, menos na Rússia. “Não apenas combatemos o manspreading, mas também marcamos aqueles que o fazem”, disse ela em entrevista a uma rede de TV local.

O vídeo mostrou uma compilação das vezes que ela jogou a mistura em homens. Segundo ela, o protesto ainda não lhe rende processos. “Acho que ninguém vai dar queixa na polícia com o jeans manchado”, afirma

Alguns (especialmente o jornal Daily Mail) reclamaram que ela exclui do protesto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que se graduou na mesma faculdade de Direito que ela.

A candidata Hillary Clinton, por exemplo, já havia reclamado em entrevistas da forma como ele se sentava. Ela rebate, e diz que seu protesto é “para todos os homens”. “Espero que todos possam entender como o corpo controla o comportamento desses homens”.

Anna foi perguntada em nome de quem estava agindo.

Segundo ela, sua ideia é dar voz a todos que “suportam esse comportamento machista em transportes públicos”. Uma rede de TV até a acusou de usar atores em seus vídeos, o que foi negado por ela imediatamente.

Anna já havia ficado internacionalmente famosa com outro protesto, também em locais públicos. Ela levantou a saia em locais públicos, para conscientizar a todos da necessidade parar o upskirting, a prática ultrajante, que é comum no Japão, envolve tirar fotos não autorizadas da roupa íntima de mulheres, geralmente por baixo das saias.

VÍDEO

https://www.youtube.com/watch?v=NCZOw05L7JA

*Informações retiradas do R7