Um homem, cuja identidade não foi revelada pela polícia, foi preso próximo a fronteira com o Arizona, suspeito de conexão com os assassinatos brutais de nove pessoas no Norte do México, entre elas três mulheres e cinco crianças. A informação foi compartilhada no Facebook pela Agência de Investigação Criminal do estado de Sonora.
O suspeito, que também não teve idade ou origem revelados, foi encontrado pelas autoridades na cidade de Agua Prieta. Ainda segundo os policiais, o homem mantinha dois reféns amarrados e amordaçados dentro de um veículo. No carro, uma SUV à prova de balas, foram apreendidos quatro rifles de assalto e pistolas de vários calibres. “Estamos investigando a possibilidade de a pessoa presa ter participado desses terríveis eventos”, explicou o texto. Ainda não se sabe a identidade dos reféns, nem o estado de saúde deles.
Massacre na fronteira
O massacre ocorrido por volta das 13h de segunda-feira, 04, a cerca de 70 quilômetros ao sul da fronteira com os EUA, deixou nove mortos. Todos eram cidadãos norte-americanos. As mortes ocorreram em três locais diferentes e as autoridades atribuem a emboscada a um perigoso cartel de drogas que atua na região, que é fronteira entre os Estados Unidos e o México. A polícia investiga se as famílias foram confundidas com um cartel rival.
As vítimas eram membros do clã LeBaron, uma comunidade mórmon separatista que habita a Região Norte do México há mais de de 100 anos. Eles exigiram uma resposta dura do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador e do presidente dos EUA, Donald Trump. Apenas um suspeito foi preso até o momento.
No primeiro carro seguia Rhonita Miller, 30, e quatro de seus filhos: Howard Miller, 12; Krystal Miller, 10; e as gêmeas Titus e Tiana Miller, de oito meses. A família seguia para Phoenix, Arizona, para buscar o marido dela no aeroporto, que voltava do trabalho na Dakota do Norte. Todos foram mortos quando a SUV conduzida por Rhonita Miller foi alvo de tiros. O carro foi encontrado carbonizado. Um familiar chegou a relatar que alguns membros da família foram queimados vivos.
Christina Johnson e Dawna Langford, 43 anos, seguiam em dois carros, viajando para o estado vizinho de Chihuahua, onde um casamento será realizado na sexta-feira, 08. As duas morreram. Christina conseguiu salvar a filha, Faith, a escondendo no carro. Dois filhos de Langford – Trevor Langford, 11, e Rogan Langford, dois – também não resistiram aos ferimentos.
Além de Faith, seis filhos de Langford sobreviveram. Kylie, 14 anos, que levou um tiro no pé; Devin, 13, que não se feriu; McKenzie, 9, cujo braço foi atingido de raspão; Cody, 8, que levou um tiro no rosto e na perna; Jake, 6, que escapou sem ferimentos; Xander, 4, que levou um tiro nas costas; e Brixon, de 8 meses, que foi baleado no peito.
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