Manaus, 28 de março de 2024
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Vacina contra o novo coronavírus já tem oito pesquisas na fase de testes em humanos

Pesquisadores da Universidade de Oxford iniciaram testes clínicos com estimativa que o produto esteja pronto até o fim de 2020.

Vacina contra o novo coronavírus já tem oito pesquisas na fase de testes em humanos

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

A pandemia de Covid-19 já infectou mais de 4 milhões de pessoas no mundo e deixou mais de 276 mil mortos.

Diante disso, os trabalhos para desenvolver uma vacina têm se intensificado.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), na terça- feira, 05, mais de 100 candidatas à vacina estão sendo testadas e oito delas já estão na etapa de ensaios clínicos – envolvendo humanos.

As novas tecnologias dão esperança que o tempo de criação da vacina seja menor que o comum, que pode levar cerca 10 anos.

Pesquisadores da Universidade de Oxford iniciaram testes clínicos com estimativa que o produto esteja pronto até o fim de 2020.

Os cientistas usaram como ponto de partida uma pesquisa anterior baseada em outro coronavírus, causador do Mers, que é da mesma família da Covid-19.

Foram realizados testes em macacos rhesus e os resultados foram promissores: uma dose de vacina imunizou 18 animais.

O resultado foi publicado na revista Science Advances em 1º de maio.

Para fazer fazer a vacina contra a Covid-19, foi usada a mesma plataforma da pesquisa anterior, que teve como vetor um adenovírus (que causa o resfriado comum) inativo e nele introduzido uma proteína do Mers-CoV, capaz de fazer o corpo produzir anticorpos.

Dessa vez, os cientistas usaram uma proteína do Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19. A previsão é começar testes em 6 mil pessoas até o fim do mês.

Estratégias

Uma estratégia usada para produzir uma vacina é usar uma versão atenuada do vírus para obter uma resposta imunológica.

No entanto, os pesquisadores também estão usando o método do RNA mensageiro (RNAm) do vírus, que comanda a produção de proteína depois de “lê” as informações genéticas.

Duas das oito vacinas em fase clínica usam o modelo de RNAm.

“É importante testar várias estratégias porque ainda não sabemos quais vão funcionar e não podemos apostar as fichas em uma só”, disse imunologista Ricardo Gazzinelli ao Estadão.

Ele coordena uma linha de pesquisa no Brasil, parceria da Fiocruz com a UFMG e Butantã, na busca por uma vacina contra o Sars-CoV-2.

Exposição de voluntários

Nos ensaios clínicos é necessário tempo para que os voluntários vacinados entrem em contato com o vírus de forma natural, o que pode levar tempo.

Diante da emergência da pandemia de Covid-19, pesquisadores estão discutindo sobre a necessidade de intervir nesse processo e expor os voluntários ao vírus para acelerar o processo, mesmo colocando as pessoas em risco.

 

(*) Com informações do Poder360