Manaus, 28 de março de 2024
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Aleam vota amanhã emenda que aumenta repasses à saúde

A manobra tem como objetivo viabilizar a liberação dos pagamentos atrasados às cooperativas contratadas pela Susam, que não recebem há quatro meses

Aleam vota amanhã emenda que aumenta repasses à saúde

Se o Orçamento não for votado neste ano, uma sessão extraordinária deverá ser convocada em janeiro para a votação, disse Almeida - Foto: Danilo Melo/Aleam

A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) vai votar, amanhã (14), uma emenda coletiva que altera a Mensagem Governamental do Executivo, para aumentar o valor destinado à saúde, de forma a quitar parcialmente os atrasos, que já somam quatro meses, nos pagamentos de cooperativas médicas e empresas prestadoras de serviços de conservação, limpeza e segurança, nas unidades hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). O valor, que deverá sair de dois fundos do Governo do Estado, deve chegar a R$ 160 milhões, segundo o presidente da Aleam, deputado David Almeida (PSB).

Uma reunião, ocorrida na manhã desta terça-feira, 13, na sede da Aleam, ajudou a definir, com a participação da base aliada do governador Amazonino Mendes (PDT), e de deputados da oposição, os detalhes para a formulação da matéria. Também estiveram presentes representantes das empresas contratadas pelo Executivo. Serão consultados para o ajuste os secretários de Estado de Saúde (Susam), Francisco Deodato, e da Fazenda, Alfredo Paes.

David Almeida coordenou a reunião com membros das cooperativas , nesta terça-feira.

David Almeida coordenou a reunião com membros das cooperativas , nesta terça-feira.

Parte do valor que será remanejado com a manobra, ainda deve ser arrecadado, nos meses de novembro e dezembro, informou David Almeida. Ele explica que, mesmo com a emenda, não será possível cobrir todos os meses em atraso. “O problema será resolvido parcialmente. Só conseguiremos cobrir uns dois meses de atraso com esse valor”, ressaltou. Hoje, o Estado paga, por mês, cerca de R$ 65 milhões só para cooperativas prestadoras de serviço na saúde.

Nas últimas semanas, o Governo do Estado enfrentou uma onda de protestos, realizados por funcionários da área, entre eles, enfermeiros e técnicos de enfermagem, em função dos atrasos salariais.

Embora Amazonino Mendes tenha afirmado, durante os debates ocorridos antes das eleições, que estava regularizando os pagamentos, os profissionais mostram o contrário. Há algumas semanas, médicos anestesistas de uma das empresas contratadas pela Susam, cruzaram os braços, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), suspendendo todos os procedimentos eletivos, durante um dia inteiro.

Hoje, médicos do Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, o maior do Estado, ameaçam suspender as cirurgias por falta de materiais básicos.