Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta quarta, 7, apontou que o Amazonas é o terceiro pior estado em saneamento básico no País, perdendo apenas para Rondônia e Amapá. O Estado coleta apenas 7,3% dos seus dejetos. Ainda segundo o levantamento, o investimento por habitante neste setor, corresponde a 20% da média nacional, o equivalente a R$ 38,74, enquanto que no Brasil, o valor é de R$ 188,17 do país.
O estudo do CNI também aponta que a previsão dos investimentos privados em saneamento no Amazonas, entre 2017 e 2021, é de R$ 846,6 milhões.
Os dados apresentados pela Confederação estão alinhados aos apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em setembro, também divulgou um levantamento em que aponta que dos 62 municípios do Amazonas, apenas 18 possuem plano de saneamento.
O levantamento da CNI ainda mostra que até os anos 2.000, apenas 3% da população amazonense tinha acesso a tratamento de esgoto e à Companhia Estadual de Saneamento, a Cosama.
Após a concessão dos serviços à iniciativa privada, a capital Manaus apresentou significativos avanços nos indicadores de coleta e de tratamento dos efluentes, mesmo com aumento de 43% da população manauara. A concessão prevê investimentos totais de R$ 4,3 bilhões e a iniciativa privada, de R$ 847 milhões no Estado, entre 2017 e 2021.
Para a CNI, é necessário que a gestão de companhias do setor privado leve mais investimentos para o saneamento básico, o que melhorará a qualidade da água e expandirá as redes de esgoto nas médias e pequenas cidades. Dados oficiais mostram que 6% das companhias de água e esgoto do país são privadas. Elas conseguem atender 9% da população nacional, sendo responsáveis por 20% dos investimentos na área.
Brasil também está atrasado em saneamento
O saneamento do Brasil é o setor mais atrasado. Isso porque, de acordo com os dados apresentados, apenas 51,9% da população dispõe do serviço de coleta de esgoto e menos da metade recebe tratamento.
Para alcançar níveis satisfatórios, é necessário que o país amplie em 62% os investimentos em saneamento básico, ou seja, os recursos tem que passar dos atuais R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões, é o que aponta o estudo Saneamento Básico da CNI.
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