Condições precárias, falta de equipamentos e ausência de manutenção em estruturas e veículos do Instituto Médico Legal (IML), Instituto de Criminalística e Instituto de Identificação estão atrasando a necropsia e liberação de corpos em Manaus. Segundo o IML, somente nesta quinta-feira, 25, o número de corpos com atraso, chegou a 11.
A presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas (Sindpeam), Viviane Pinto, denunciou o descaso do governo com relação às estruturas. “As viaturas existentes não têm condições de rodar, de deslocar o perito ao local do crime. O governo só deveria fazer a manutenção desses veículos”, comunica. Conforme a presidente, os automóveis vêm de doação do Governo Federal, a manutenção seria de responsabilidade do Estado, o que não ocorre.
Sem a manutenção dos automóveis, o risco é eminente, comunica Fábio Vidal, diretor financeiro do Sindpeam. “A categoria pede do governo devida manutenção dos equipamentos”.
Operação ‘Cumpra-se a Lei’ pede condições mínimas de trabalho
A operação ‘Cumpra-se a Lei’, realizada pelo Instituto Médico Legal (IML), Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Identificação (ID), pede condições mínimas de trabalho. Segundo o perito Criminal Thiago Marques, a categoria só pode continuar com o trabalho, desde que as manutenções de veículos voltem a ser efetuadas e que hajam equipamentos de qualidade.
Há dois meses, durante uma operação de remoção de corpo, um condutor sofreu um acidente com o carro do instituto, que se encontrava sem a manutenção necessária. Segundo o IML, o acidente ocorreu devido a um problema mecânico na parte traseira do carro. Até o momento, ainda não foi reformado.
“O veículo está parado há dois meses e até agora, não tivemos nenhum posicionamento do governo com relação a reforma ou concerto do carro”, explicou Tiago, que também informou que só há quatro carros para o IML para atender as seis zonas da capital, contando com o quebrado.
A categoria pede, também, que mais funcionários sejam contratados, pois, de acordo com a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), é necessário ter um perito para cada cinco habitantes. “No Amazonas, só há 132 peritos trabalhando, sendo que o número necessário no estado é de 800”, informou Thiago.
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