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Vigilância apreende uma tonelada de carne imprópria para consumo

Os produtos não tinham marca e nenhuma informação como origem, composição, orientação de consumo ou data de validade

Vigilância apreende uma tonelada de carne imprópria para consumo

19.02.19 Vigilância Sanitária apreende uma tonelada de carne imprópria para consumo. Fotos: Divulgação/Visa Manaus/Semsa.

Uma fábrica de produtos cárneos, que funcionava de modo clandestino no Tarumã, zona Oeste, foi interditada nesta segunda-feira, 18/2, após inspeção conjunta da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Manaus (Visa Manaus), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Além de interditar a fábrica por funcionamento irregular, os fiscais apreenderam e inutilizaram aproximadamente uma tonelada de carne de frango, linguiça calabresa e mortadela.

De acordo com o fiscal veterinário da Visa Manaus, Fabrício Barros, os produtos apreendidos eram fabricados em condições precárias de higiene e estavam armazenados sem qualquer rótulo de identificação. “Os produtos não tinham marca e nenhuma informação como origem, composição, orientação de consumo ou data de validade”, observou o fiscal, informando que a fábrica também não tem nome comercial.

Vigilância Sanitária apreende uma tonelada de carne imprópria para consumo. (Divulgação/Visa Manaus/Semsa)

Fabrício disse que a estrutura de produção da fábrica clandestina era totalmente inadequada, com problemas de iluminação e equipamentos em mau estado de conservação, gerando condição de risco iminente à saúde.

A unidade já havia sido autuada pela Vigilância municipal, mas não tomou providências para a regularização do seu funcionamento, permanecendo sem adequação às normas sanitárias e sem autorização de nenhum dos órgãos reguladores, incluindo licença sanitária e comprovação de responsabilidade técnica (existência de um profissional veterinário regularmente inscrito no Conselho).

Riscos – O fiscal Fabrício Barros alertou que revendedores como mercados, lanchonetes, padarias, pizzarias e outros estabelecimentos jamais comprem e comercializem produtos sem conhecer a procedência e ter a comprovação de que estão dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela legislação sanitária.

“Fábricas clandestinas existem porque há compradores”, destacou Fabrício Barros, informando que a fiscalização sanitária cobra a procedência dos alimentos e que os revendedores que não apresentarem comprovação de origem dos produtos também sofrem as penalidades legais.

O fiscal ressaltou, ainda, que produtos de má procedência oferecem alto risco de infecção e intoxicação e que a contaminação por microorganismos (bactérias, fungos e vírus) é a maior causa das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), entre as quais o botulismo e infecção por salmonella, consideradas graves.

 

(*) Com informações da Prefeitura de Manaus