Manaus, 23 de abril de 2024
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Cidades

Amin Aziz é preso acusado de tentar prejudicar investigação

Empresário teria conhecimento da operação, horas antes de ser deflagrada, e removeu objetos da sua residência para prejudicar inquérito

Amin Aziz é preso acusado de tentar prejudicar investigação

Amin Aziz, irmão de Omar. (Reprodução/Facebook)

Amin Aziz foi preso novamente, na manhã desta quinta-feira, 1, durante o desdobramento da operação Vertex.  O cunhado do empresário, não identificado, também foi detido. As informações foram confirmadas pelo coordenador da Maus Caminhos, delegado Alexandre Teixeira.

Em nota, a Polícia Federal informou que indícios coletados apontavam que um dos investigados – Amin -, preso na fase ostensiva em julho, teria tomado conhecimento antecipado da ação policial que “estava prestes a ser deflagrada” e com ajuda do cunhado removeu objetos da sua residência, com intuito de prejudicar a investigação policial.

“As medidas cautelares deferidas pela Justiça Federal, no interesse do Inquérito Policial que apura o caso, têm por objetivo contribuir para o esclarecimento dos fatos no que se refere às hipóteses criminais de vazamento de investigação sigilosa, com intuito de prejudicar a eficácia da ação policial do dia 19/07/2019.  Além de embaraço a investigação sobre organização criminosa, por meio da ocultação/destruição de provas, e outros possíveis crimes correlatos”, afirmou a PF.

Além dos mandados de prisão temporária, foram cumpridos dois de busca e apreensão nos bairros Cidade de Deus e Parque 10 de Novembro, onde a equipe do Amazonas1 registrou o momento em que agentes federais saíram do apartamento de Amin, com uma mala pequena.

Veja também: PF faz busca e apreensão no apartamento de Amin Aziz

Operação Vertex

Deflagrada no último dia 19 de julho, a operação é um desdobramento da Maus Caminhos, e tem como alvo um senador que teria recebido vantagens indevidas, durante seu mandato como governador do Amazonas. O esquema também teria beneficiado parentes, incluindo a esposa.

Amin Aziz, Murad e Mansur foram detidos, à época da operação, e cumpriram prisão temporária de 5 dias no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). A PF não pediu prorrogação de prisão e os três foram liberados.

Já Nejmi Aziz foi presa e liberada dois dias após a defesa conseguir um habeas corpus. Porém, na última quarta-feira, 31, Nejmi retornou ao sistema prisional para cumprir o período restante da temporária após um recurso da PF.