Manaus, 29 de março de 2024
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Cidades

Ex-servidor do IML é executado com oito tiros no bairro Coroado

Em fevereiro deste ano, Maik William Maciel Zaire, 26, filho de Guilherme, foi morto enquanto pichava um poste com sigla de facção

Ex-servidor do IML é executado com oito tiros no bairro Coroado

Guilherme Alberto foi executado com oito tiros de pistola calibre 380 milímetros (Foto: Josemar Antunes/Portal Am1)

Guilherme Alberto Martins Zaire, 49, foi executado com oito tiros na tarde desta terça-feira (18), na rua Vinícius de Moraes, no bairro Coroado, na zona Leste de Manaus. A vítima era servidora do Instituto Médico Legal (IML).

Ao Portal Am1, uma testemunha relatou que Guilherme Alberto estava conversando em frente da casa onde morava, quando dois homens em uma motocicleta chegaram e um deles efetuou os disparos à queima-roupa.

“Guilherme Alberto estava batendo papo com os vizinhos, momento em que dois homens usando capacete, em uma motocicleta, aproximaram sem levantar suspeitas. O passageiro pulou da garupa, caminhou e fez o primeiro disparo. Em seguida, efetuou mais tiros, atingindo cabeça e braço”, disse a testemunha que preferiu não se identificar.

Após o crime, os assassinos fugiram tomando rumo desconhecido. Guilherme Alberto foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Pronto-Socorro (PS) Dr. João Lúcio, na mesma zona, onde chegou sem vida.

O corpo foi removido por uma equipe do IML. A vítima foi atingida com oito tiros, sendo um no lado esquerdo das costelas, um no braço esquerdo, um no pescoço e cinco na cabeça. O tipo de calibre usado no crime foi 380 milímetros.

Suspeita

Guilherme Alberto foi funcionário do IML, onde atuava no administrativo como contratado da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Ele foi desligado após mudança no governo do Estado.

No dia 10 de fevereiro deste ano, o filho do ex-servidor foi assassinado com vários tiros na rua Maranhão Sobrinho, na Vila Alfredo Nascimento, no bairro Aleixo, na zona Centro-Sul da capital amazonense.

À época, informações apuradas pela 16ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), dava conta que Maik William Maciel Zaire, 26, estava pichando um poste com a sigla “CV”, da facção criminosa Comando Vermelho.

Após a morte do filho, Guilherme Alberto prometeu vingança. Amigos mais próximos, que preferiram não revelar a identidade, confirmaram que o ex-servidor chegou afirmar que havia descoberto o assassino, conhecido como “Kaká”, traficante de drogas.

“O Guilherme estava com sede de vingança. Ele falava o apelido do assassino para as pessoas mais próximas, inclusive vizinhos, que a morte do filho não ficaria impune. Acredito que foi retaliação. O assassino descobriu e fez primeiro. Apesar de um temperamento forte, o Guilherme era uma pessoa que trabalhava muito, tinha o seu próprio, um restaurante para ajudar na renda da família e sempre foi uma pessoa digna para honrar os compromissos”, disse um amigo.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) vai investigar o assassinato. Imagens de câmeras de segurança devem ajudar na identificação dos assassinos.