Manaus, 23 de abril de 2024
×
Manaus, 23 de abril de 2024

Cidades

Homem que matou guarda municipal é condenado a 16 anos de prisão

Após mais de dez horas de sessão, jurados consideraram réu culpado por homicídio qualificado do guarda municipal de Tabatinga

Homem que matou guarda municipal é condenado a 16 anos de prisão

Município de Tabatinga (Divulgação)

O tribunal do júri popular condenou Reginaldo Müller Neto a 16 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio do guarda municipal Giovani Fernandes Feitosa, no município de Tabatinga, a 1.108 quilômetros de Manaus. Reginaldo foi um dos integrantes do grupo comandado pelo traficante internacional de drogas Isauro Antônio Porras dos Santos, conhecido como ‘Gallero’. O homicídio foi em janeiro de 2006, após apreensão de 12 quilos de cocaína, pertencente ao grupo de Gallero, feita pelo guarda municipal em um local conhecido como ‘baixada da feira dos peruanos’, em Tabatinga.

Após descobrir a ‘tomada’ da droga, Gallero e outros integrantes do grupo criminoso, entre eles, Reginaldo Müller Neto, decidiram executar Giovani Feitosa, em represália à apreensão da cocaína. Eles foram até a casa do guarda municipal e o abordaram na porta da residência, disparando tiro contra ele. Segundo relatos de testemunha, Gallero foi o responsável pelo disparo, Reginaldo Müller Neto colaborou impedindo que Giovani Feitosa escapasse do tiro desferido.

Reginaldo Müller Neto foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por homicídio qualificado, previsto no artigo 121 do Código Penal. Gallero foi assassinado por um traficante rival em 2008. Após mais de dez horas de sessão, o júri, composto por sete pessoas, considerou que Reginaldo Müller Neto participou do planejamento e colaborou para a execução do crime, conforme as evidências apresentadas pelo MPF, durante a sessão de julgamento, o que levou à aplicação da pena de prisão de 16 anos e 6 meses.

O MPF foi representado na sessão de julgamento por procuradores da República integrantes do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri, da Câmara Criminal do Ministério Público Federal (2CCR/MPF).

 

 

 

(*) Com informações da assessoria