A equipe investigação da 32ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do município de Caapiranga, distante 134 quilômetros de Manaus, divulgou na manhã desta quinta-feira (18) o desfecho de um crime que resultou na morte e a decapitação de João Raimundo da Silva e Silva, 32, que trabalhava com serviços gerais.
A vítima estava desaparecida desde o dia 2 de julho deste ano. O corpo foi encontrado enterrado em uma cova rasa no cemitério da cidade, à margem do Lago de Caapiranga, após Henry Levi do Nascimento Ramos, 18, e Marcos Costa dos Santos, 34, serem presos na operação “Municípios Integrados do Médio Solimões” – no combate ao tráfico de drogas.
Durante a acareação no inquérito policial, eles confessaram o crime pelo fato de João Raimundo ter furtado a quantia de R$ 900 da residência de Henry Levi, dinheiro esse que estava destinado para pagamentos de fornecedores de drogas no município.
De acordo com o delegado Alon Jeferson, titular da unidade policial, a equipe de investigação passou a receber denúncias sobre a comercialização de drogas e começou a mapear os pontos do tráfico na cidade.
Na quarta-feira (17), o juiz Igor Caminha, da Comarca de Caapiranga, deferiu 11 pedidos de busca e apreensão solicitados pela autoridade policial. Durante a ação, 15 pessoas foram conduzidas para prestar esclarecimentos, entre elas Hendrick Marques Pereira que acabou preso por tráfico de drogas.
“Durante a operação, os policiais civis receberam várias denúncias que Henry e Marcos estavam envolvidos no desaparecimento de João Raimundo. Em primeira oitiva, eles negaram a autoria. Mas no decorrer das investigações e coleta de provas, eles acabaram confessando o crime. Por ser usuário de drogas, eles atraíram João para ser morto”, disse.
“Essa morte trouxe comoção e clamor público aqui no município. Os moradores trataram esse desaparecimento relacionado com dívidas de drogas pelo fato de um caso semelhante em agosto de 2018, onde os gerenciadores do tráfico mandaram executar e ocultar o corpo da vítima. Na época, os populares ficaram revoltados e tentaram invadir a delegacia para puni-los”, explicou o delegado.
A autoridade policial ressalta, ainda, que as investigações continuam para chegar ao mandante do assassinato e se há outras pessoas envolvidas no crime.
“A Polícia Civil de Caapiranga vai continuar investigando se há mais pessoas envolvidas no assassinato e quem é o mandante. Vamos dar resposta para a sociedade”, declarou o delegado Alon Jeferson.
Henry e Marcos responderão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Eles ficarão presos na carceragem da unidade policial à disposição da Justiça.
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