Manaus, 19 de abril de 2024
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Cidades

Sobe para cinco o número de mulheres estupradas por médico em Manaus

O clínico geral foi afastado das atividades relacionadas à medicina após denúncias por abusos sexuais cometidos durante consultas médicas

Sobe para cinco o número de mulheres estupradas por médico em Manaus

clínico geral Júlio Adriano da Rocha Carvalho, 34, está sendo acusado de cometer estupros durante consulta (Divulgação)

Subiu para cinco o número de mulheres que acusam o clínico geral Júlio Adriano da Rocha Carvalho, 34, por abusos sexuais cometidos durante consultas médicas em Manaus. Dessa vez, uma jovem de 23 anos denunciou ter sido vítima em 2014, após uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales, situado na avenida Dona Otília, no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus.

clínico geral Júlio Adriano da Rocha Carvalho, 34, está sendo acusado de cometer estupros durante consulta (Divulgação)

Em depoimento, a jovem contou que estava grávida na época, quando procurou à unidade de saúde por causa de dor no estômago. Segundo ela, o médico começou apalpar os seios e nádegas enquanto estava deitada. Em seguida, o clínico geral pediu que ela sentasse no seu colo e escreveu na receita o número do seu telefone.

De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que preside o inquérito policial sobre os casos de estupros, o número de mulheres vítimas do médico pode ser maior. O médico foi afastado das atividades relacionadas à medicina e ainda proibido de se ausentar de Manaus.

“O médico passou a usar tornozeleira eletrônica para cumprir medidas cautelares. Ele está proibido de exercer as funções da medicina e se ausentar da cidade. As investigações no entorno do caso não terminaram, pois acreditamos que o número de vítimas pode aumentar. Após as investigações serem concluídas, o inquérito civil contra o médico será encaminhado à Justiça para ser aditado no processo que está tramitando na 4ª Vara Criminal”, destacou.

Investigação

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) acompanha as investigações contra o clínico-geral Júlio Adriano da Rocha Carvalho. O órgão enviou no dia 5 de abril uma notificação à Secretaria de Segurança do Estado (SSP-AM) para saber pelo qual motivo dois casos graves que foram registrados em agosto e outubro de 2016 não foram investigados. A SSP-AM tem dez dias para responder os questionamentos do MP.

Prisão

A prisão do médico foi expedida no dia 28 de novembro do ano passado, pela juíza Carren Aguiar Fernandes da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), mas o médico Júlio Adriano recorreu da decisão e conseguiu a revogação da prisão preventiva em 7 de dezembro do mesmo ano para cumprir medidas cautelares. Com análises de novos elementos, a prisão preventiva pode ser decretada a qualquer momento.