Manaus, 19 de abril de 2024
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Manaus, 19 de abril de 2024

Cidades

Sotero diz que tentaram tirar sua arma, por isso atirou no advogado

Em um dado momento, o promotor George Pestana pediu para o delegado Sotero simular como se aciona uma arma, o réu se recusou.

Sotero diz que tentaram tirar sua arma, por isso atirou no advogado

Delegado Gustavo Sotero chorou durante seu depoimento. (Foto: Márcio Silva/Amazonas1)

O delegado Gustavo Sotero afirmou, durante seu depoimento na manhã desta sexta-feira, 29, que só agiu – disparou contra o advogado Wilson Justo Filho – porque houve uma tentativa de desarma-lo.

O promotor George Pestana questionou o motivo de essa declaração não constar inicialmente no inquérito policial, Sotero explicou que, antes, o foco era apenas em Wilson e não se atentou em relatar este ocorrido.

Em um dado momento, o promotor George Pestana pediu para o delegado Sotero simular como se aciona uma arma, o réu se recusou e disse preferir não tocar na arma, a decisão foi respeitada.

Delegado chorou ao responder perguntas da defesa. (Foto: Márcio Silva/Amazonas1)

Sotero afirma que foi agredido por Alexandre Mascarenhas, uma das testemunhas chaves do momento do crime, antes dos disparos contra Wilson. 

O julgamento do delegado, realizado no Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis, na zona Centro-Oeste de Manaus, entrou no seu terceiro dia.

Depoimento

“Eu não sei que ela existe”, disse Gustavo Sotero ao ser questionado se viu Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, viúva do advogado Wilson Justo Filho, na casa noturna onde o advogado foi morto.

Ao exibir imagens, de momentos antes da ocorrência, o promotor George Pestana apontou para Fabíola Rodrigues no vídeos e perguntou se Sotero reconhecia a mulher, e delegado respondeu: “Eu não sei que ela existe”.

O promotor fez outra pergunta de acordo com o vídeo e questionou o posicionamento do réu em frente a vítima, Sotero disse que ele e Wilson não trocaram palavras, apenas Wilson teria ficado encarando e voltou a responder “eu não sei que eles existem aí”.

Sotero chora em depoimento

O delegado Gustavo Sotero não conteve as lágrimas ao prestar depoimento para seu advogado de defesa Claudio Dalladone.

Ao contar a história de sua vida inicialmente em fortaleza onde nasceu, relembrando que vendia as roupas que sua mãe costurava, Sotero não poupou as lágrimas e chorou ao contar a história de sua vida, ao seu advogado de defesa que fez questionamentos sobre seu histórico familiar e acadêmico. Sotero contou vim família de baixa renda, e já trabalhou como repositor de estoque.

Formado inicialmente em Economia, Sotero informou que somente após alguns anos conseguiu passar no vestibular para Direito e, conseguiu passar na OAB, até ser aprovado no concurso da polícia civil e convocado em 2011.

Sotero relatou suas atuações como delegado e as unidades pelas quais já passou e sua atuação no município de São Gabriel da Cachoeira.

O delegado diz não conhecer ninguém aqui em Manaus, ao ser questionado sobre algumas pessoas citada por Dalledone, por não ser nascido na capital.

O réu já foi ouvido pelo juiz Celso Souza de Paula, por George Pestana do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) e Catarina Estrela Advogada assistente de acusação.