O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro.
A solicitação partiu de partidos políticos e foi encaminhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello.
O pedido gerou reações instantâneas do Palácio do Planalto, como nota assinada pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e do próprio presidente, o qual afirmou que não entregaria o celular, mesmo com ordem judicial.
Segundo Aras, devido ao fato de a investigação ser competência do MPF, não cabe intervenção de terceiros no processo, como no caso de partidos e parlamentares.
“Tratando-se de investigação em face de autoridades titulares de foro por prerrogativa de função perante o Supremo Tribunal Federal, como corolário da titularidade da ação penal pública, cabe ao Procurador-Geral da República o pedido de abertura de inquérito, bem como a indicação das diligências investigativas, sem prejuízo do acompanhamento de todo o seu trâmite por todos os cidadãos”, escreveu o PGR.
Entenda
O presidente é alvo de um inquérito na Suprema Corte, após acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, de que Bolsonaro teria a intenção de interferir na Polícia Federal.
O ex-juiz da Lava Jato pediu demissão do cargo no governo ao negar a demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
Segundo Moro, o chefe do Executivo chegou a afirmar que queria “alguém do contato pessoal dele”, na corporação, para “colher informações de investigações em andamento”. Bolsonaro nega.
Após as acusações, o ministro Celso de Mello, do STF, determinou que um inquérito fosse aberto para apurar a veracidade dos fatos.
Ele também liberou a divulgação do vídeo da reunião ministerial, que, segundo Moro, foi o momento em que o presidente demonstrou a intenção de interferir na PF.
(*) Com informações do Metrópoles
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no Twitter.