Os deputados Álvaro Campelo (PP) e Mayara Pinheiro (PP) teriam sido ameaçados de expulsão do partido, após terem votado em Roberto Cidade (PV) para ser o novo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em eleição realizada nessa quinta-feira (3).
A suposta ameaça partiu do deputado Belarmino Lins (PP), por conta de os parlamentares não terem escolhido o referido deputado para o cargo, acusando-os de infidelidade partidária; ele mesmo negou essa intenção.
A votação na Aleam foi tumultuada, com troca de acusações, após uma manobra que alterou a Constituição do Estado e acabou antecipando a eleição da Mesa Diretora do Parlamento Estadual. Por conta disso, Belarmino teria deixado o Plenário afirmando que expulsaria os dois deputados de seu partido.
Uma nota chegou a ser divulgada, afirmando que as assessorias jurídicas da Comissão Nacional e do Diretório Estadual do Progressistas (PP), inclusive, já estudavam a expulsão de Álvaro e Mayara de seus quadros.
Leia mais: Após PEC surpresa e ‘golpe’, Roberto Cidade é eleito novo presidente da Aleam
Porém, a informação foi negada por Belarmino Lins. Logo após os ânimos se acalmarem, ele afirmou que não iria tomar nenhuma medida para expulsar os parlamentares.
“A Direção Regional do Progressistas não adotará nenhuma medida repressiva com relação ao direito do exercício do voto, da preferência de escolha, dos deputados Mayara e Álvaro Campelo. Não procede qualquer veiculação, qualquer intenção do partido analisar, estudar ou tentar punir, reparar os deputados Progressistas pelo fato de terem participado de forma democrática de uma outra chapa”, declarou Belarmino, como secretário-geral do PP.
Mayara Pinheiro foi eleita 2ª vice-presidente da Aleam e Álvaro Campelo eleito 1º secretário-geral.
Explicações
Álvaro esclareceu que não tinha conhecimento da pretensão de Belarmino de ser candidato à presidência da Aleam e que o único candidato que o procurou foi o deputado Roberto Cidade (PV).
“Primeiro, porque foi o único que se reuniu comigo e pediu meu voto. Segundo, porque eu não tinha conhecimento da candidatura do Belão, que foi anunciada na hora da votação”, justificou Álvaro.
Por conta da manobra de alterar a Constituição do Estado, o deputado Belarmino não tinha conhecimento de que a eleição da Mesa Diretora iria ocorrer ontem, portanto, não teve nem tempo de pedir votos para seus pares.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
