Dos 40 senadores que falaram na audiência, 27 deles evitaram polêmica – vários manifestaram apoio ao trabalho do ministro quando era juiz. Outros 13 concentraram seu discurso em críticas e ataques a Moro – entre eles, parlamentares do PT, PDT, Rede, PSB e MDB.
Mesmo sem fazer questionamentos diretos ao ministro, senadores usaram o seu tempo de fala na comissão para elogiar Moro e dar espaço para que o ministro repetisse argumentos, alegando imparcialidade na condução da Lava Jato e atacando o que chamou de “sensacionalismo” na divulgação das supostas conversas com o procurador Deltan Dallagnol.
Líder do PSL na Casa, Major Olimpio (SP) negou estratégia articulada para proteger o ministro. “Ele não precisa de blindagem de ninguém”, disse.
Fazendo três pausas para tomar água e comer, Moro levou poucos assessores. Ele anotava as perguntas dos senadores e evitou se exaltar na fala, mas não deixou de protagonizar alguns embates. Ao líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), Moro afirmou que não iria responder por ter considerado as declarações do parlamentar ofensivas. O petista disse ao ministro que tivesse “humildade” de pedir demissão.
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